Responsável pela interface entre familiares e pacientes, além de articular trabalhos entre vários colaboradores de diferentes setores, o Serviço Social é parte fundamental em uma unidade de Saúde. Neste sábado (15/05) é celebrado o Dia do Assistente Social e para quem atua nesses ambientes, a pandemia tornou o trabalho ainda mais desafiador O período de pandemia tem sido desafiador, exigindo novas ações e estratégias.

“Nesse período vários serviços foram restritos, porém nossos atendimentos triplicaram, pois o acesso a visitas e acompanhantes foram reduzidos chegando a ser suspensas, fazendo com que familiares procurassem cada vez mais nosso setor em busca de informações sobre seus pacientes”, explica a assistente social Eliane Gonçalves, gerente multidisciplinar do Hospital Municipal Conde Modesto Leal.

Esse profissional faz orientações; encaminhamentos; entrevista e atendimento social; articulação na rede; chamada de vídeo; suporte na alta hospitalar e óbito; notificações; acompanhamento social de transferência; solicitação de parecer psicológico; guarda e controle de pertences; contato telefônico com familiar.

“Nesse momento de pandemia, em que os pacientes não podem receber visitas, o Serviço Social faz essa conexão, até em chamadas de vídeo, uma ação pioneira do município. Quem faz o boletim do estado de saúde é o médico, mas é o Serviço Social que confirma e faz essa ponte de informações”, elogia o médico e coordenador multiprofissional do Hospital Municipal Dr Ernesto Che Guevara, Rogerio Lima.

Para o motorista de aplicativo Nilcilei de Pinho Neves, de 40 anos, morador de Itaboraí, que chegou ao hospital Che Guevara dia 6 e foi internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI), as ligações de vídeo funcionam, principalmente, para trazer tranquilidade, além de remediar a saudade.

“Assim que saí do CTI, minha maior preocupação era saber se alguém da minha família havia sido contaminado por mim. Porque meu irmão me levou ao hospital, cuidei da minha mãe no dia anterior (ela precisa de cuidados básicos, como alimentação na boca). Foi um alívio ver que todos estavam bem, e sem Covid”, comenta Nilcilei, que se preparava para conversar com a esposa Alessandra por vídeo direto da semi-intensiva. “Sinto saudade de tudo, de casa, da família. O máximo que você puder prevenir é pouco para essa doença. Daqui de dentro consegui ver muita brecha no meu comportamento. Aqui refleti que posso fazer ainda mais e melhor por quem eu amo”, ressaltou.

A assistente social do hospital Che Guevara, Karinne Lima, escolheu a graduação por acreditar que o Serviço Social é um instrumento de transformação.

“Trabalhar como assistente social é desafiador. Frente aos novos desafios postos pela pandemia elaboramos, junto à equipe, estratégias para atender as demandas dos usuários, como é o caso das vídeochamadas para pacientes isolados, proporcionando um acolhimento humanizado para a recuperação plena”, diz Karinne, emocionada.

Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã, o setor contabilizou 299 atendimentos a pacientes internados com coronavírus em 2020, e em 2021, até o momento, 292. O setor de assistência social da unidade afirma que houve maior proximidade em relação ao contato com o paciente e aos familiares, mesmo com toda restrição da Covid.

“Durante todo esse tempo tivemos um aumento na demanda com um números bem expressivos em relação ao coronavírus. Isso modificou e aumentou o serviço do profissional assistente social dentro da UPA de Inoã, as famílias precisam de muita orientação e os pacientes também. É ótimo fazer o que ama e se sentir útil”, comenta a assistente social da UPA de Inoã, Nelma Perez.

 

Deixe uma resposta

Please enter your comment!
Please enter your name here