Já em clima de carnaval, os alunos da Escola Municipal João da Silva Bezerra se preparam para a realização do tradicional bloco da escola, que desfilará na quinta-feira (28/02), antes do carnaval, às 10h, pelas principais ruas do bairro Divinéia. Esse é o 11º ano de desfile do bloco que, esse ano, tem como tema “Vida Saudável em Maricá”.
A compositora e intérprete do samba, Ivonete Pereira, que é inspetora da unidade, disse que, para compor o enredo, se inspirou nas belezas da cidade e nas diversas formas de explorá-las por meio do esporte.
“A cidade está passando por uma transformação muito positiva com construção de calçadão, praças e orla, como a de Barra de Maricá, e essas obras permitem a prática de esporte e melhoraram a qualidade de vida. E tudo isso abordamos no nosso samba”, declarou a compositora. Segundo ela, a letra ainda presta uma homenagem ao surfista e ex-aluno da escola, Claudio Moura, o ‘Mamago’, que faleceu em setembro de 2018.
Da formação da bateria à composição das alegorias, o bloco tem o envolvimento de toda equipe escolar, principalmente, dos alunos e ex-alunos da unidade. Sob o comando do professor da banda Maicon Peçanha, a banda é composta por 20 integrantes que se dividem no repique, surdo e caixa.
Responsável por chamar a banda no repique, o aluno do sétimo ano, Davi Lucas Barros, de 12 anos, participa há um ano da banda, mas, apesar do pouco tempo, já é um dos destaques. “Estou adorando participar e pretendo tocar pro resto da minha vida. É legal porque ajuda até na sala de aula porque estou mais atento nas matérias”, destacou.
Três ex-alunos da escola Richard Fernando Veloso, de 16 anos, Carlos Eduardo Marins, de 18 anos, e Pedro Henrique Faustino de Moura, de 16 anos, ainda participam do bloco e fazem o possível para não faltar aos ensaios.
“A banda marcou a minha vida e espero sempre poder participar desse ambiente, que é mais do que uma escola. É minha segunda família”, disse Carlos Eduardo. Já para Richard, a sua participação nos projetos da escola, principalmente, na banda, melhorou, inclusive seu comportamento. “Fiquei mais disciplinado e muito mais atento nas atividades do dia-a-dia e isso tenho a certeza de que foi por causa da banda”, ressaltou.
Alunos ajudam a produzir fantasias do desfile
Os alunos também colocaram a mão na massa para a produção das fantasias e aproveitaram para conhecer a história dos alimentos que serviram como base para enfeitar os adereços. Orientados pela professora de História Elvira Senna, um grupo de alunos do 6º ano utilizou pipoca e feijão e fizeram máscaras, cocar de índio e chapéus para serem utilizados na fantasia de agricultor. “Foi uma excelente oportunidade para abordarmos de forma bem natural como surgiram os alimentos e a importância da agricultura familiar”, declarou a professora.
O aluno do 6º ano Bernardo Rodrigues, de 10 anos, disse que apesar de sua mãe ser evangélica e não curtir carnaval, ele adorou participar da confecção das fantasias e descobrir a origem da batata frita e da pipoca. “Nem desconfiava da importância dos alimentos para termos uma vida saudável. A batata é fonte de energia e necessária para ficarmos de pé e fazermos exercícios”, falou. A aluna do 6º ano, Camila Vidal, de 10 anos, participa do bloco pela segunda vez. “É uma experiência muito legal. Adorei participar da produção das alegorias. Com o que aprendi, espero nunca mais tomar Coca-cola, agora quero somente sucos naturais”, frisou.
Para a diretora geral da unidade, Simone Reis, o bloco exige comprometimento de toda equipe e preparação disciplinar para abordar o tema em todas as disciplinas. “Contagiamos a equipe e as famílias que participam da melhor forma possível e isso reflete na interação dos alunos de forma muito positiva”, explicou a diretora da unidade que atende 500 alunos do 4º ao 9º ano.
