Equipe da Proteção Animal faz o acompanhamento dos bichinhos adotados, como a cadela Hanna - Foto: Clarildo Menezes

A cadelinha Hanna tinha menos de dois meses quando foi encontrada abandonada numa caixa de papelão, em Itaipuaçu, no início deste ano. Com o trabalho da Coordenadoria de Proteção Animal de Maricá, vinculada à Secretaria de Saúde, ela ganhou uma mãe de leite e um lar temporário até ser adotada pela costureira Luciene Correia, de 52 anos, moradora do Condado, e que há oito meses a trata como uma verdadeira princesa. Hoje, Hanna está com nove meses, castrada e muito feliz como foi possível constatar durante visita realizada pela médica veterinária Patrícia Ramos, funcionaria da Coordenadoria, na última quinta-feira (01/11).

Essa é apenas uma das muitas histórias com final feliz, promovidas pelo setor que, segundo registros, já realizou mais de 110 adoções de animais (cães e gatos) no município. De acordo com Patrícia, esse tipo de visita é comum e acontece regularmente, embora não seja uma obrigação.

“Assim que conseguimos a adoção para alguns dos animais resgatados, nós fazemos visitas agendadas para acompanhar sua adaptação ao novo lar. Algumas vezes são os próprios donos que nos solicitam essas visitas, principalmente quando identificam que o seu bichinho pode estar doente”, contou Patrícia. “Além de mim há outros veterinários na equipe que também prestam esse tipo de auxilio. Não fazemos consulta, mas damos um suporte e orientamos os tutores de acordo com a situação apresentada, inclusive sinalizando a necessidade de levar o animalzinho ao veterinário”, explicou.

Ainda segundo Patrícia é importante destacar que a responsabilidade de cada animal adotado é do seu tutor. “Entendemos que é muito importante dar essa assistência principalmente para garantir o bem estar do animal. Com essa iniciativa nos certificamos de que o animal está saudável, sendo bem tratado, bem cuidado e principalmente amado, como é o caso da Hanna”, ressaltou Patrícia.

Emocionada, Luciene Correia disse como decidiu adotar Hanna. “Minha sobrinha tinha ido à Coordenadoria para castrar duas gatinhas, quando ficou sabendo que uma cadelinha estava disponível para adoção e me ligou perguntando se eu tinha interesse. Eu havia perdido um pastor alemão recentemente e a minha outra cadela, Nina, estava muito triste e sozinha. Então falei que podiam trazê-la. Ela chegou aqui muito pequenininha e no início me assustei, mas com o passar dos dias a adaptação foi muito boa. Parecia até que a Nina era mãe da Hanna”, lembrou Luciene. “Elas passam o dia inteiro brincando, correndo e a Nina cuida da Hanna como se realmente fosse filha dela”, completou.

Luciene confidenciou que teve medo de castrar Hanna. “Inicialmente tive medo, pois as veterinárias me disseram que era importante castrá-la. E, como eu sempre tive cão macho, fiquei com receio, mas foi tudo muito tranquilo. Fizeram a castração, vieram aqui tirar os pontos e deu tudo certo”, afirmou. “A vida com Hanna é bem agitada, ela é muito brincalhona e a família toda gosta muito dela”, garantiu. “Eu recomendo a todos que tem condições e que amam os animais que adotem. Há muito animalzinho abandonado. Adotar é muito melhor que comprar. Não pensem em raças e pedigrees. Tem muitos animaizinhos precisando de um lar e de carinho. Fiquei muito triste com a morte do meu outro cachorro e a Hanna encheu a minha casa de alegria novamente”, disse Luciene com um largo sorriso no rosto.

 

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