Imagem do Circuito Ecológico no Caminho de Darwin em Itaipuaçu
Participantes fizeram a caminhada de Maricá a Niterói, num total de 4,4 km no domingo - Foto: Araújo José

A trilha do Circuito Ecológico deste domingo (19/02) foi uma homenagem ao autor da revolucionária teoria sobre a evolução das espécies, o naturalista britânico Charles Darwin. A programação marcou a semana do aniversário de Darwin, que no último dia 12/02 completaria 208 anos.

O ponto de encontro dos aventureiros foi a Fazenda Itaocaia, na Avenida Itaocaia Valley (Itaipuaçu), onde, então com 23 anos, o abolicionista fez sua primeira parada. Foi em 1832, quando o navio da marinha real britânica em que estava aportou para reparos. Na época, a fazenda estava em polvorosa porque uma escrava havia se jogado do alto da pedra, cometendo suicídio. Darwin deixou registros sobre o fato, mostrando-se impressionado com a prioridade que o valor material da perda estava tendo em relação ao valor humano. No local, D. Pedro também ficou muitas vezes hospedado com a Marquesa de Santos.

De lá, o grupo seguiu pelo caminho percorrido por Darwin em direção ao Engenho do Mato (Niterói), adentrando o Parque Estadual da Serra da Tiririca – num total de 4,4 Km com um pequeno trecho de subida – passando pelo núcleo Darwin, onde os integrantes assistiram a um vídeo sobre as características científicas e a adversidade existente do polo turístico que chamaram a atenção do britânico, na época.

Professora universitária de biologia em São Gonçalo, Ana Claudia Lisboa (35) fazia muitas perguntas sobre Darwin. Ao lado da amiga Debora Costa Fernandes (52), professora de Farmácia, ela contou que conheceu o projeto através do facebook e tentava conhecer o caminho, também usado por tropeiros, há um ano, mas não conseguia vaga. “Essa semana eu ia viajar, mas como consegui a vaga no Circuito, desisti de ir para Angra, convenci minha amiga e vim. Estou amando conhecer tudo aqui e pretendo voltar logo em outras, inclusive nessa aqui, a nível profissional, trazendo meus alunos, porque a gente estuda sobre Darwin”, contou empolgada, enquanto perguntava como fazia para marcar a visita.

Casados há 30 anos, a dona de casa Heloísa Viana (60) e o engenheiro Edmundo Viana (69), moradores da Barra, participam da caminhada há cerca de dois anos, onde consideram ter feito importantes relações de amizade, mas foi a primeira vez que conseguiram levar o filho Frederico Alves Viana (44), engenheiro civil que mora em São Paulo.

“Começamos a fazer essas caminhadas para conhecer a cidade em que morávamos há 8 anos e não tínhamos ideia de como era de verdade. Mas não dá para nós virmos toda semana, então ainda não conhecemos tudo ainda”, contou Heloísa, sendo interrompida pelo marido “O que mais nos estimula a continuar é a guia com sua simpatia, dedicação e competência, porque se ela não fosse assim, a gente não continuaria. Por isso é tão difícil conseguir vaga”, completou. Edmundo, referindo-se à responsável pelo projeto, Márcia Freitas. Frederico foi além: “Gosto de fazer caminhada, mas aqui é mais legal porque tem uma guia para te orientar, dar informações. Não é como acontece normalmente. É chato você andar só por andar”, finalizou.

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