Dia de mobilização contra as hepatites virais em Maricá

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Maricarense aproveitou a ação para se prevenir

Em comemoração ao Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais (28/07), nesta segunda-feira, a Secretaria de saúde realizou das 10h às 15h, uma campanha de orientação sobre a doença, na Praça Conselheiro Macedo Soares, no Centro de Maricá. Durante o dia, cerca de 80 pessoas foram vacinadas contra a hepatite B. Além da vacinação, a ação contou com distribuição de preservativos masculinos e femininos, folders informativos e orientação à população.

Aos presentes, a coordenadora do programa DST/AIDS/Hepatites Virais, Cláudia Rodrigues, alertou sobre a doença. "No início, não apresenta sintomas. Sendo assim, há a dificuldade da pessoa saber se tem ou não a doença. Depois a pessoa pode ter os olhos amarelados, febre, náusea e outros sinais. Geralmente, acomete o fígado", explicou, recomendando a procura imediata por um médico. "Nós recomendamos que todos procurem a unidade de saúde mais próxima de casa, agende uma consulta com o médico clínico e solicite um exame de sangue. Caso o resultado seja positivo para hepatite B ou C, que são consideradas também doenças sexualmente transmissíveis, o paciente será encaminhado para o tratamento no Serviço de Atendimento Especializado (SAE). Alguns tipos de hepatite têm cura se diagnosticados precocemente. Outros podem levar à morte", frisou.

A subsecretária de Atenção Básica, Claudia Souza, também fez ressalvas sobre o assunto, esclarecendo que a hepatite é uma doença inflamatória do fígado, que tem causas diversas. "Os mais comuns são as hepatites A, B e C. A hepatite A tem transmissão pela água e alimentos contaminados. A do tipo B pode ser transmitida pela relação sexual, transfusão de sangue, seringas contaminadas,  durante o parto,  se a mãe estiver contaminada. A do tipo C é transmitida da mesma maneira que a B, só que o vírus causa maiores danos, pois é mais agressivo, podendo levar à cirrose e ao câncer hepático, uma das piores complicações da doença. Para esse tipo não há vacina. É preciso prevenir", orientou.

O público que compareceu ao local da ação reconheceu a importância da prevenção. A assistente social Ana Lúcia Sliachticas e o farmacêutico Márcio Antônio da Silva, que passavam pela praça, aproveitaram a ocasião para se vacinar. "Tomei hoje a vacina para ficar tranquila e não ter problemas futuros", disse Ana Lúcia. "Não me lembro se já tomei esta vacina. Vi a tenda aqui na praça e, para mim, é muito importante ficar imunizado contra a doença", contou Márcio.

A prevenção da hepatite A se faz através da adoção de medidas higiênicas, como lavar bem as mãos antes de comer ou manipular alimentos; lavar os alimentos antes de comê-los; usar água potável ou fervida para beber e cozinhar. Contra a hepatite B, C e D há várias medidas que podem ajudar na prevenção: evitar partilhar objetos pessoais como navalhas, escovas de dente, brincos e cortador de unhas; assegurar-se que são usadas agulhas limpas para fazer tatuagens e colocar piercings; usar preservativos quando tem relações sexuais, principalmente se tiver múltiplos parceiros sexuais; nunca partilhar agulhas ou seringas; e tomar a vacina.

Vacinação nos postos de saúde

Para se vacinar, os interessados devem comparecer a uma unidade de saúde com documento de identidade ou cartão de vacina. De acordo com a coordenadora do Programa de Imunização, Núbia Brum, a vacinação é feita em três doses, com um intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose, e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Na maternidade do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, todos os bebês são vacinados contra a hepatite B.