"Minha Casa Minha Vida": primeiras unidades já foram erguidas e apartamento modelo fica pronto em 20 dias

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Parte das 1.460 unidades residenciais do condomínio do Carlos Roberto Soares, em Inoã.

Previsão é que entrega das unidades comece ainda este ano

O andamento das obras do projeto habitacional mais aguardado pela população de Maricá, o ‘Minha Casa Minha Vida’, segue em ritmo acelerado. Os dois condomínios, formados por apartamentos de dois quartos, estão sendo erguidos em Inoã e em Itaipuaçu e serão destinados a famílias com renda familiar entre 0 e R$ 1,6 mil e que não tenham nenhum outro imóvel.

Os futuros apartamentos já podem ser vistos por quem passa próximo aos canteiros de obras e 390 funcionários trabalham no momento na etapa de fundação (alicerce principal) e na construção dos primeiros andares. Ao todo, serão quase três mil unidades residenciais de 49m2 com sala, banheiro, dois quartos e cozinha agregada com área de serviço, além de facilitadores para portadores de necessidades físicas, como por exemplo, portas de 80cm.

Segundo o engenheiro Guilherme Oliveira Luz, gerente de contratos da Sertenge (construtora responsável pelas obras em Maricá), o que difere as habitações de Itaipuaçu (condomínio Carlos Marighella) das de Inoã (condomínio Carlos Alberto Soares) é a tipologia da construção. “Em Itaipuaçu, o terreno de 126 mil metros quadrados permite a construção de 1.472 unidades divididas em 184 módulos de oito blocos de apartamento com dois andares cada. Já em Inoã, a obra é mais verticalizada, com prédios de cinco andares (20 apartamentos ao todo, quatro por andar), o que permite a construção de 1.460 unidades”, explicou o engenheiro. Ainda segundo Guilherme, em 20 dias deve estar pronto o apartamento modelo no empreendimento de Inoã. “A Sertenge tem larga experiência em empreendimentos do Minha Casa Minha Vida e o compromisso de executar as obras dentro do prazo previsto”, completou.

Os empreendimentos no município terão área social que compreende a construção de cinco centros comunitários, com salão de festas, sanitários, mini-cozinha, churrasqueira, quiosque e parque infantil. Os projetos também preveem a implantação de estação de tratamento de esgoto e de um centro de distribuição de água canalizada com cisterna coletiva de 14 mil litros para emergências e caixas de 500 litros de capacidade, por apartamento.  

No entorno dos dois condomínios, está previsto um pacote de obras da prefeitura para garantir a oferta de serviços de qualidade aos futuros moradores, como, por exemplo, a pavimentação das vias de acesso aos condomínios (Rua Leonardo José, em Inoã e Rua X, em Itaipuaçu), além da implantação de linhas de ônibus e de transporte alternativo.

 Programa destinado para famílias de baixa renda

Os dois empreendimentos são destinados a famílias de baixa renda, com prioridade para as que vivem em áreas de risco identificadas pela secretaria municipal de Assistência Social e pela Defesa Civil.

A coordenadora geral do "Minha Casa, Minha Vida em Maricá", Lene de Oliveira, explica que agentes de participação popular cedidos pela secretaria municipal de Direitos Humanos vão aos locais onde vivem pessoas de baixa renda, como nas comunidades Fernando Mendes e Bosque Fundo (Inoã) e Mato Dentro (Itaipuaçu) para informar sobre quais documentos são necessários e quem pode se cadastrar no programa. “Além disso, temos a preocupação de registrar, além da ocupação do titular, as habilidades e saberes dos inscritos para que, numa etapa posterior, possamos oferecer emprego para a mão de obra local e implantar cursos de capacitação profissional”, explicou a coordenadora.

Inscrição de beneficiários

Até o momento, existem aproximadamente 400 famílias inscritas. Segundo Lene, a partir de agosto, será enviada a documentação para a Caixa Econômica Federal dar início ao processo de financiamento que, em média, terá um valor mensal de R$ 25 a 80,00 por prestação após a entrega das chaves. “No cadastro já solicitamos todos os documentos necessários para garantir que os inscritos sejam aprovados junto ao banco”, ressaltou a coordenadora.

Entre os critérios que indicam prioridade estão: famílias residentes em áreas de risco ou que tenham sido desabrigadas; famílias que estão na linha da pobreza ou extrema pobreza, caracterizadas pelo recebimento de benefícios do Bolsa Família; mulheres responsáveis pelo sustento dos lares; famílias em que 50% ou mais da fonte de renda são de pensionistas ou aposentados; e aquelas onde façam parte pessoas com deficiência.

O cadastramento está sendo realizado na Central de Atendimento do ”Minha Casa, Minha Vida” (Rua Dr. Milton de Souza Pacheco, nº 24, Parque Eldorado – telefone 3731-3317 – no bairro Parque Eldorado), que funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. Os interessados também podem procurar a Associação de Moradores de Inoã (Rua João Paulo da Costa; telefone 2636-6532).

Para a inscrição são necessários os seguintes documentos (original e cópia) dos membros de cada família: Carteira de Identidade; CPF; comprovante de residência (conta de água ou de luz); Registro Civil (para solteiros a certidão de nascimento, para casados a certidão de casamento, para viúvos a certidão de óbito do cônjuge, para divorciados a certidão averbada do divórcio); comprovante de renda formal ou informal (até R$ 1.600,00). É obrigatório também estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único) e apresentar o NIS (Número de Inscrição Social) de cada um dos beneficiários. A pessoa portadora de deficiência deve apresentar atestado médico com indicação da CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde).