Petrobras realiza reuniões para discutir emissário em Maricá

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O emissário sai do Comperj e termina no litoral de Maricá

Uma equipe técnica da Petrobras, iniciou uma série de reuniões com associações de pescadores e o poder público municipal de Maricá, para apresentação de um estudo do solo onde irão passar os dutos subterrâneos que despejarão água de resfriamento industrial do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – Comperj -, em direção ao oceano.
Durante toda a semana, a equipe liderada pela assessora de Relacionamento Externo do Comperj, Francine Menezes, reuniu-se com o secretário municipal de Pesca, Aquicultura, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cláudio Jorge Soares, o subsecretário Luiz Eduardo Damasco, o Luizão, e os presidentes das associações de pescadores do Recanto de Itaipuaçu (16/5), Virgínia de Oliveira e Cardoso Siqueira, da Rua 70 (17/5), Manoel Tavares, o Manoelzinho, e de Ponta Negra (19/5), Wanderli Soares.
Segundo o projeto, o emissário sairá do Comperj em Itaboraí, atravessará a Serra de Cassorotiba até Inoã, levando os dutos até o mar, em Itaipuaçu. As associações de pescadores estão propondo a extensão do emissário dois quilômetros após as Ilhas Maricás, o que oferecerá maior garantia de sobrevivência das espécies marinhas, contrariando a proposta da companhia, que é a do deságüe do material em apenas dois quilômetros percorridos mar adentro.
Audiências públicas
Segundo Luiz Eduardo, depois de apresentar a primeira fase do estudo, serão realizadas audiências públicas nos próximos meses de junho e julho, para discussão do projeto propriamente dito, a ser implantado em 2013, sendo que o Comperj entrará no pico de produção apenas em 2017. Segundo Luizão, serão três tipos de tratamento, para que a água derivada da limpeza dindustrial possa ser conduzida até o mar. “Claro que haverá acompanhamento dos órgãos fiscalizadores como IBAMA e Inea, além da discussão com a sociedade civil, principalmente as associações de pescadores, os maiores interessados, pois sua sobrevivência depende do pescado”, disse.
Maricá conta hoje com cerca de setecentos pescadores artesanais cadastrados em sete associações, sendo que quatro delas estão em fase de regularização de seus membros. O município está se preparando para receber em breve, a Colônia Z-7, que será transferida de Niterói (Itaipu), e dará suporte aos pescadores em questões trabalhistas e previdenciárias.