Fórum de Maricá discutiu Desenvolvimento Econômico

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Sérgio Leal, do Sinaval, deu um panorama do setor naval do país

O Fórum de Desenvolvimento Econômico, realizado na Expo Maricá 2010, no dia 28 de agosto, registrou, antes de mais nada, um público seleto interessado no processo de crescimento sustentável para o município. O evento, idealizado pelo prefeito Washington Quaquá, reuniu um público seleto e interessado. O evento iniciou às 16h, com a palestra do Professor Mauro Osório (UFRJ), seguida das informações do Gerente Técnico do SINAVAL, Sérgio Leal, do assessor do Inea, Luiz Renato Vergara; da secretária municipal de Fazenda, Administração e Tecnologia, Maria Helena Alves Oliveira; da secretária municipal de Projetos Especiais, Luciana Andrade; e do subsecretário de Desenvolvimento Econômico, Sérgio Ricardo. O professor Mauro Osório proporcionou uma aula sobre crescimento econômico, fornecendo dados sobre índices e fatores de desenvolvimento nas últimas décadas, no Estado do Rio de Janeiro. Ítens como Produto Interno Bruto (PIB) – o Rio perdeu 74% do PIB nacional nos últimos anos -, Renda Per Capta, IDH, geração de emprego e renda (o índice de desemprego diminuiu e a oferta de postos de trabalho multiplicou), foram apresentados em data-show, assim como a perspectiva de crescimento no estado com a retomada da indústria naval, e de segmentos novos como o pré-sal, exigindo maior tecnologia na área de petróleo e gás. “Hoje, estamos em sétimo lugar no país, na transformação petroquímica de plásticos. Com o Comperj, provavelmente voltaremos a liderar o segmento, que gera cinco vezes mais emprego e renda do que qualquer Copa do Mundo”, adiantou. O gerente técnico do Sinaval, Sérgio Leal, descreveu com sua experiência na administração do setor metalúrgico/petroleiro, as alternâncias de crescimento do país tanto na produção quanto na comercialização de navios e plataformas. Citou a importância da reativação do Fundo de Marinha Mercante, suporte financeiro para a indústria naval brasileira, e que veio consolidar a parceria entre governo federal e armadores. “A indústria naval brasileira, com todo seu crescimento, depende do Fundo de Marinha Mercante. São bilhões de reais do Tesouro Nacional, reservados com autorização do Conselho Monetário Nacional, e que só são movimentados com assinatura tripartite dos gestores. Assim como o Fundo de Reserva do Pré-Sal, que garantirá ao Governo Federal a partilha dos royalties, sob condição da apresentação de projetos de desenvolvimento pelos municípios, o Fundo de Marinha Mercante garante aos armadores de navios, construtores de plataformas e fabricantes de navipeças, o suporte financeiro para produção. Empresas como a Petrobras, garantem encomendas em série de navios de apoio e plataformas, sustentação logística do setor de petróleo e gás. Niterói lidera a construção naval há muitos anos, pelo suporte da cadeia produtiva metal/mecânica de seu entorno, devendo manter a dianteira por um bom tempo, embora novos municípios, como Maricá, estejam se preparando para implantar o setor, com estaleiros e oficinas, o que é importante pela qualificação técnica, geração de empregos e renda e crescimento sustentável”, declarou.