A Prefeitura de Maricá aplicou 23,65% da receita corrente líquida (R$ 237,8 milhões)  de recursos próprios em saúde pública no município em 2021, superando com folga a previsão constitucional de 15%. Somando-se os recursos oriundos de transferências da União e do Estado do Rio, também previstas em lei, o Fundo Municipal de Saúde recebeu R$ 1 bilhão em 2021. Os dados foram apresentados pela Secretaria de Saúde de Maricá nesta quarta-feira (16/02) em audiência pública da Câmara Municipal, de forma virtual, presidida pelo vereador Dr. Richard, presidente da Comissão de Saúde da Câmara.

A secretária de Saúde de Maricá, Solange Oliveira, destacou a importância da transparência na aplicação dos recursos públicos por meio de prestações de contas e da apresentação dos resultados obtidos, em cumprimento à Lei Complementar 141/2012.

“O relatório mostra que o investimento próprio ficou bem acima do mínimo exigido pela Constituição, o que reflete a preocupação da administração municipal com a saúde pública: conseguimos ampliar a oferta de serviços à população ao mesmo tempo em que fazíamos o combate à pandemia”, destacou.

Atenção básica já chega a 100% da população

Com relação aos serviços oferecidos, o relatório mostrou que a cobertura da atenção básica em saúde atingiu 100% da população da cidade, enquanto 55,2% dos habitantes de Maricá foram alcançados pela cobertura de saúde bucal. A atenção básica realizou mais de 1,3 milhão de ações e procedimentos, e a rede de saúde mental fechou o ano com 11.017 atendimentos.

A um morador da cidade, que cobrou a melhoria do atendimento nos Postos de Saúde da Família (PSF), Solange garantiu que a secretaria está implantando novas ferramentas de gestão para aprimorar o serviço prestado. “Não temos a ilusão de que está tudo maravilhoso, mas o trabalho é constante para aprimorar o serviço ofertado”, afirmou a secretária.

Mais de 100 mil atendimentos nas tendas para casos suspeitos de Covid-19

O número de internações nos hospitais Conde Modesto Leal e Dr. Ernesto Che Guevara chegou a 9.033, das quais 2.959 em decorrência de doenças infecciosas – num claro reflexo do impacto da pandemia de Covid-19 sobre o sistema de saúde. Em seguida vieram as internações por gravidez, parto, puerpério, com 1.529, e os 1.068 casos de pessoas internadas por lesões, envenenamentos e causas externas.

Nas três tendas que funcionaram exclusivamente para dar suporte a casos suspeitos de Covid, em Inoã, Itaipuaçu e Centro, foram atendidas 103.642 pessoas, com 63.109 testes (Swab e sorológicos) realizados para detecção do coronavírus e 998 pacientes transferidos para os hospitais.

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