Uma das últimas ações em Maricá da campanha do Outubro Rosa – de prevenção ao câncer de mama – ocorreu nesta quinta-feira (31/10) na Unidade de Saúde da Família São José 2, em São José de Imbassaí. As pacientes que realizam suas consultas e exames naquele posto tiveram uma manhã em que, além de informação sobre a prevenção, contou também com palestras, maquiagem e unha grátis, um ‘coffee break’, sorteio de brindes e até um aulão de zumba com a equipe do programa Viver Bem.
De acordo com a coordenadora da unidade, enfermeira Michele Diniz, o mais difícil é combater o preconceito e a vergonha de algumas mulheres. “Ainda existe muito receio com relação ao auto-exame, algumas ainda têm vergonha de se tocar, sobretudo as que têm mais idade. Nossa tarefa é convencer estas de que a prevenção é simples, importante e necessária, e não pode parar”, recomendou.
Com um histórico familiar de casos de câncer, a paciente Maria Aparecida Braga conta que monitora um nódulo nos seios desde a juventude e reforçou que as mulheres têm de superar qualquer limitação e se cuidar. “Por ser de uma família mineira tradicional também tive um pouco de vergonha no início, mas não durou muito. Tive mais até no exame preventivo. Hoje todo mundo lá se previne e faz os exames necessários”, disse ela, que tem 59 anos.
Outra paciente, Almerinda Silva da Costa, de 62 anos, mora no loteamento 26 de Maio e também acredita que a informação ajuda bastante. “Falta conhecimento ás mulheres e muitas não fazem o exame por medo mesmo, mas tem que fazer mesmo”, sentenciou ela, antiga frequentadora do posto. Para a maquiadora Chris Prata, de 38 anos, as campanhas anuais do Outubro Rosa vêm diminuindo esses possíveis bloqueios nas mulheres. “A campanha quebrou tabus nesse sentido, na medida em que elas perceberam que o exame é simples e rápido. As mulheres mais jovens já não passam por isso, lidam melhor”, constatou.
A primeira dama Rosana Horta participou da ação e lembrou que, mesmo após o fim da campanha, a prevenção não pode parar. “Todo mês tem de ser outubro para as mulheres, é preciso levar o ano inteiro essa consciência sobre a prevenção, para preservar quem está saudável e apoiar quem já sofre com a doença”, reforçou ela.
