Blitz educativa com agentes da Lei Seca - Foto: Evelen Gouvêa

Uma blitz educativa com agentes de Educação da Operação Lei Seca, do Governo do Estado, em parceria com a equipe da Secretaria de Segurança, Ordem Pública e Trânsito, movimentou na manhã desta sexta-feira (04/10) as ruas no entorno da Praça Conselheiro Macedo Soares, no Centro.

Os agentes cadeirantes – todos vítimas de acidente de trânsito –  contaram suas histórias de vida para os motoristas abordados na operação. A ação segue na agenda de atividades em comemoração pela Semana Nacional do Trânsito, que em Maricá, se estenderão até o dia 12 de outubro.

A coordenadora de Educação para o Trânsito, Raquel Lima, destacou a importância dessa atividade. “Essa ação tem por objetivo impactar os condutores. A presença dos agentes da Operação Lei Seca na abordagem faz com que as pessoas vejam um pouco da realidade. Tudo pode acontecer a qualquer momento, por isso a importância da educação, da gentileza, do respeito em prol de um trânsito mais humano”, explicou a coordenadora.

O chefe da equipe de Educação da Operação Lei Seca, Wallace Santos, de 46 anos, disse que essas ações são realizadas desde 2009 e em todas as cidades do Estado.

“Completamos 10 anos de Operação Lei Seca, educando, fiscalizando e salvando milhares de vidas. Nosso trabalho não é contra o cidadão, mas é a favor da vida”, declarou.

Segundo Wallace, já foram mais de 20 mil blitzes, mais de três milhões de pessoas abordadas, diminuição em 18% de acidentes fatais e redução em 50% de pessoas flagradas alcoolizadas.

Carol Basílio, de 36 anos, foi atropelada há oito anos por um motorista alcoolizado que avançou o sinal e, após isso, teve sua vida transformada. “Eu era jogadora da seleção feminina de futebol, atuava com a Marta, e também era professora de Educação Física. De um dia pro outro, perdi minhas duas fontes de trabalho e de sonhos”, declarou. Para Carol, é muito importante esse tipo de ação. “Emprestamos nosso luto para transformar em luta em prol da vida dos outros”, acrescentou.

Outro agente, Eloi Mandarino, de 37 anos, também aborda os motoristas e relata sua experiência. “Não tinha bebido, mas estava de carona e sem cinto de segurança e por conta do acidente hoje estou paraplégico. Na vida temos que mudar nossas atitudes no presente para não mudarmos os sonhos que planejamos para o futuro”, afirmou o agente que é morador de Itaipuaçu e motorista de táxi, mas sonhava ser paraquedista.

O pedreiro Claudio Luiz da Silva, de 42 anos, ao ser abordado estava sem cinto. “Acabei de entrar no carro, por isso não tinha colocado, mas é fundamental esse tipo de conscientização para nos advertir e nos chamar ainda mais a atenção para a importância de preservarmos nossa vida e a dos outros”, destacou.

Também abordado na blitz educativa, o morador da Barra de Maricá, Bruno Fernandes, de 40 anos, destacou que essas ações provocam uma reflexão nas pessoas.

“Pensamos que nunca acontece com a gente. Nunca me esqueço de que, anos atrás, também fui abordado por um cadeirante no Rio, que me contou como tinha ficado paraplégico. Me marcou e por isso me policio sempre a andar com cinto, não beber e dirigir respeitando às leis de trânsito”, frisou.

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