Curso de Prevenção de Desastres Climatológicos - Foto: Elsson Campos

A Secretaria de Proteção e Defesa Civil está promovendo o primeiro curso no Brasil de Gestão de Desastres Climatológicos. A iniciativa é da Coordenadoria de Projetos Institucionais (CPI) da pasta, e as aulas estão acontecendo na Escola Municipal de Administração (Emar), no Centro.

Iniciado nesta terça-feira (10/09), o curso tem participação de representantes de Saquarema, São Gonçalo, Itaboraí, Nova Friburgo, Vassouras, Teresópolis e Rio de Janeiro, no Estado do Rio, além de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Roraima, Espírito Santo, Sergipe e Maranhão.

“Estamos trabalhando com a Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade), onde são abordadas as questões de seca, estiagem, incêndios florestais e baixa umidade do ar. A minha aula fala sobre o passivo desses desastres, que é onde mais se gasta em todo o Brasil”, explicou coordenador do curso, major Wellington Silva.

“As Defesas Civis, com este curso, têm a capacidade de se precaver para as épocas de seca que, apesar de ser discutida desde o século 16, ainda não tem uma resolução concreta para melhorar a vida das pessoas que moram em regiões mais distantes dos centros das cidades e que são diretamente afetadas”, completou major Wellington.

Marcelo Ferreira, soldado do Corpo de Bombeiros de Roraima, um dos estados mais afetados pela recente onda de incêndios florestais, decidiu vir a Maricá para entender mais sobre o assunto e levar o que aprendeu para o seu Estado. 

“Este curso vai agregar muito para a nossa Defesa Civil, pois todos os anos sofremos muitos com incêndios. Trabalhando na Defesa Civil do Corpo de Bombeiros, conseguimos fazer uma união com a Defesa Civil das prefeituras e realizar um bom trabalho no combate e prevenção”, disse.

Também pela primeira vez em Maricá, o coordenador adjunto da Defesa Civil da Bahia, Vitor Alexandre Gantois, falou sobre a experiência. 

“Quando surgiu a oportunidade, resolvi interromper as minhas férias para participar do curso, no intuito de fortalecer nosso sistema de Defesa Civil. Apesar de existirem Defesas Civis em todos os estados, existe um sistema onde todos trabalham de forma cooperada e tenho certeza que sairei daqui com muitos ensinamentos que pretendo multiplicar lá em Salvador”, relatou.

“Já fiz os cursos de Geologia, Meteorologia, Hidrologia e Abrigos temporários e lá estamos aplicando todos os conhecimentos adquiridos aqui. Apesar de Saquarema não sofrer com esse tipo de desastre climatológico, conhecimento nunca é demais, por isso decidimos marcar presença na cidade vizinha para abrir um leque de novas experiências na nossa Defesa Civil”, finalizou Nilton Máximo, agente da Defesa Civil de Saquarema.

No último dia do curso, sexta-feira (13/09), os participantes terão uma experiência no campo no Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), com um simulado de incêndio em vegetação, utilizando o protótipo de aparelho de detecção de fumaça desenvolvido pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Os temas abordados até a sexta-feira (13/09) são “Impacto Socioeconômico dos desastres climatológicos no Brasil” (Major Wellington Silva) e “Impactos Ambientais de incêndio em vegetação e Legislação Ambiental – Crimes Ambientais” (André Costa, engenheiro ambiental do Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset).

Ainda serão discutidos os temas “Severidade da baixa umidade do ar nos desastres climatológicos” (Christiane Santos, meteorologista); Principais desafios na prevenção de desastres climatológicos” (Professor Marcio Cataldi – UFF); “Incêndio florestal: fatores limitantes do acionamento ao combate” (subtenente Daniel Bernardo Rodrigues, Secretaria de Estado de Defesa Civil (Sedec).

O curso será finalizado com “Impacto dos incêndios florestais nos recursos hídricos na perspectiva do risco hidrológico” (Lidiane Lima, Hidróloga); “Doenças relacionadas a alterações climatológicas” (Drº Marcelo Velho); “Queimadas: ações na Defesa Civil de Maricá e Prevenção, resposta e mitigação aos efeitos da estiagem no município de Maricá” (Major Gilvane Dias), concluindo com um trabalho de campo no Peset.

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