Equipes cadastram moradores de São José - Foto: Elsson Campos

Alunos do curso técnico de Edificações do Instituto Federal Fluminense (IFF) de Maricá participaram nesta quarta-feira (17/10) de uma ação com a Defesa Civil Municipal em São José de Imbassaí. Os alunos cadastraram moradores para participar de um sistema de informações para prevenir desastres naturais na região, através do envio de mensagens pelo celular. Os jovens com idades entre 14 e 18 anos, que participam do projeto “Porta a Porta” e do Núcleo de Proteção e Defesa Civil (Nupdec), coletaram dados dos moradores sob a orientação de uma professora e de agentes do órgão.

De acordo com a coordenadora de Projetos da Defesa Civil, Andreia Cunha, o levantamento dos dados tem como objetivo a criação de um cadastro para informações específicas para o município, mas que tem uma importância especial para os estudantes. “Aqui eles observam conceitos de hidrologia e geologia que podem muito ajudar em seus conhecimentos e na hora de elaborar possíveis projetos de construção”, avaliou ela, ao lado da hidróloga Lidiane Lima, que explicou o motivo da área ter sido escolhida para a atividade. “Esta região tem um histórico de alagamentos por haver muitos córregos que descem da montanha e também construções sobre esses cursos d’água. Aqui podemos avaliar o que causa essas enchentes”, pontuou a especialista, que ministrou uma pequena palestra sobre o assunto na altura da Rua Gardênia, por onde passa um desses córregos. Os alunos já coletaram dados em áreas do Bairro da Amizade, Inoã e parte de Itaipuaçu.

Os alunos avaliaram a ação de forma positiva para eles. “A gente se sente importante porque é uma coisa que pode salvar as pessoas. Eu mesma já vi muitos problemas acontecerem por causa da chuva”, contou a aluna Maiara Almeida, que tem 16 anos e mora em Itaipuaçu, mesmo bairro do colega Matheus Lima, de 15 anos. “É bacana para nós porque é uma coisa de utilidade pública, e também estão nos recebendo muito bem”, avaliou. Para a professora Elane Maria de Carvalho, é a primeira vez que os estudantes se sentem fazendo algo pela cidade onde vivem. “É uma participação cidadã que eles não tinham antes, creio que por isso esteja sendo tão bom para eles”, frisou.

Os moradores ouvidos na ação também a consideraram de grande importância. “Eu já era cadastrada em um sistema nacional de informação e acho de grande utilidade. Vai ser bom fazerem aqui também”, acredita a motorista de transporte escolar Flávia Silva de Sá, de 31 anos, que mora na Rua das Violetas com o marido Vagner Figueiredo de Sá. “É uma coisa muito útil para nós porque dá para se preparar quando vem muita chuva”, pondera o operador de máquinas, de 34 anos. Morando a 14 anos na mesma rua, o aposentado José Coimbra Filho, de 74 anos, fez questão de procurar a equipe para se cadastrar mesmo depois que a equipe passou pela sua casa. “Isso é uma coisa excelente que vamos ter, precisamos muito disso”, elogiou.

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