“Se você fosse secretário, que medidas tomaria para melhorar o seu atendimento”? Este foi o espírito de uma oficina realizada nesta terça-feira (25/07) no CIEP Maria do Amparo Rangel, no Centro, com profissionais da Secretaria de Saúde de Maricá que atuam na Atenção Básica. Eles puderam dar sugestões sobre melhorias nos postos dos bairros e programas de vigilância em saúde. As ideias debatidas no encontro, que durou todo o dia, vão ajudar a elaborar o Plano Municipal de Saúde, que vai reger as ações do setor no período entre 2018 e 2021. O documento deverá estar pronto nos próximos dez dias.
Entre as diretrizes sugeridas, os destaques são a reorganização da assistência ao parto e à gestante e também a criação de um grupo de trabalho para avaliar a mortalidade por causas externas, como acidentes ou atos violentos. De acordo com a subsecretária Jussara Quintes, o objetivo é elaborar o plano através de um diagnóstico da saúde no município com base no primeiro atendimento dado aos pacientes. “O que montamos aqui foi um espaço participativo para que nossos profissionais tivessem voz, fazendo o papel do gestor dentro da realidade que conhecem”, pontuou.
No fim do dia, todos avaliaram o trabalho como bastante produtivo. “Foi cansativo, mas valeu a pena. Foi importante participar da elaboração de algo que vai direcionar o nosso trabalho nos próximos anos e com base no que a gente vê no dia a dia. Não será algo vindo ‘de cima’, sem a nossa participação”, avaliou a psicóloga Mônica Baptista, que atende na maternidade do Hospital Conde Modesto Leal.
Para a enfermeira Sabrina Pires, do posto de saúde de Ponta Negra, foi uma chance de ser a voz da comunidade onde atua. “Eu mesma sugeri que cada distrito tenha uma ambulância para transferência de atendimentos urgentes, quando necessário. É algo que daria eficiência e nos livraria da espera por um veículo através do SAMU, que sempre tem uma demanda muito grande”, ressaltou.
