O Caminhão do Peixe, projeto itinerante da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca, atendeu nesta quinta-feira (13/04), na Praça do Barroco (Itaipuaçu), com o pescado a R$ 10 o quilo, metade do preço praticado no comércio local. Desde às 8h15, uma fila grande se estendia em frente à praça, para compra do peixe para a Semana Santa. Foram vendidos 300 quilos de sardinha e corvinota.
A dona de casa Íris Guimarães Mendes, de 53 anos, moradora de Itaipuaçu, comprou 4 quilos de corvinota com o Cartão Mumbuca, projeto municipal que contempla a população de baixa renda com R$ 85 mensais, utilizando a primeira moeda eletrônica do país. “É uma oportunidade para quem não tem recursos: comprar o peixe pela metade do preço com o Cartão Mumbuca”, afirmou.
A professora Danielle Carneiro, 31 anos, estava com a filha Milena, de três anos, aguardando sua vez na fila. “Mesmo com fila e mau tempo, é vantagem comprar no caminhão. O preço do peixe está muito alto”, acrescentou Danielle. As donas de casa Maria José Menezes, 70 anos, e Elisa Maria da Silva, 64, compravam juntas o peixe para o almoço da família. “A família se reúne na Semana Santa, por isso temos de comprar uma quantidade maior para o feriado”, afirmou Elisa Maria.
Ao lado do frigorífico-móvel, a população pode comprar produtos orgânicos na barraca do Amaro Roberto Marinho, produtor local que mantem uma horta comunitária em São Bento da Lagoa. “Hoje estou vendendo aipim, limão, abóbora, couve, cheiro verde e mostarda. A ideia de trabalhar junto ao Caminhão do Peixe foi muito boa. Vendemos a semana toda”, disse o produtor.
Marcos Meirelles, 47 anos, produtor cadastrado pela Prefeitura, ocupou uma segunda barraca vendendo picles, doces caseiros, geleia e pimenta orgânica produzidos em casa. “Os produtos orgânicos acabam saindo mais barato, porque são produzidos e vendidos no bairro. Tudo o que o pequeno produtor quer, e está tendo, é um canal para escoar sua produção e agregar valor e renda”, comentou.
