Imagem do Maricá + Verde em Ponta Negra
Projeto distribuiu mudas nativas da Mata Atlântica na praça de Ponta Negra - Foto: Clarildo Menezes

A primeira edição do Maricá + Verde em 2017 foi realizada nesta quinta-feira (12/01) na Praça Nossa Senhora das Graças, em Ponta Negra. Arquiteto e planejador urbano, o secretário de Urbanismo e Meio Ambiente, Adyr Motta, atrelou a importância pedagógica do projeto à ideia de se trabalhar em prol da qualidade de vida do povo. “Colocar a ação em prática é diferente de apenas ver nos livros. Além disso, a relação da criança com a árvore acaba sendo de mais respeito, de crescer junto. Porque a criança tem a possibilidade de plantar uma muda e acompanhar a importância desse ato, ao logo do tempo em que ambos vão crescendo”, explicou.

Moradores do bairro, o casal de comerciantes Fábio Costa, 54 anos, e Alessandra Costa, 41 anos, optou por levar duas mudas de ipê amarelo e oiti para plantar na calçada. “Escolhemos essas plantas com o intuito de garantir a sombra na frente de casa e porque o oiti tem um coquinho que atrai os pássaros”, falou o marido. O italiano Guido Giunchi, 53 anos, chegou logo depois. Contou que mora há cinco anos no Brasil, sendo dois em Ponta Negra, próximo ao farol, onde cuida de seu sítio e de alguns terrenos aparentemente abandonados. “Onde vivo há pessoas que são donas de duzentos lotes, mas que não fazem nada neles. Somem e voltam tempos depois. Então, eu vou cuidando dos que ficam perto do meu, cortando o mato para deixar bonitinho. Por isso, estou levando esses ipês amarelo, branco, roxo e rosa. Eles demoram a crescer, mas dão sombra e podem ser colocados nas calçadas, porque têm uma raiz que não é invasiva, então não quebra o asfalto”, ensinou o empresário.

A edição também contou com a participação de moradores de outros bairros, como Márcia Valéria, 56 anos, moradora de Cordeirinho, que apresentou o projeto a sua amiga Marileide Portela, 50 anos, moradora de São Gonçalo. As professoras foram embora com mudas de ipê e acácia amarela, com o objetivo de enfeitar o quintal de suas casas. “Eu sei que ipê não é bom em terreno arenoso pela salinidade, só se for areola, barro vermelho. Mas meu solo é ótimo. Posso levar uma de cada? Vou colocar numa distância de 5 metros de distância da casa”, afirmou Márcia.

O subsecretário Guilherme Motta explicou o motivo da preocupação da moradora. “Há um limite de 5 mudas por pessoas. E não basta levá-las. As pessoas se responsabilizam por elas. Sabem que não podem plantar nos saquinhos, nem perto da rede elétrica, de esgoto, muro, que tem de regar de manhã e à noite todos os dias pelo menos nos primeiros 90 dias. E caso as plantas não vinguem, basta ligar para o telefone 3731-4912, que nós da secretaria nos comprometemos a levar outra muda da planta na casa das pessoas”, afirmou Guilherme.

Nesta edição foram distribuídas mudas de oiti (Licania tomentosa), canafístula ou cássia imperial (Cassia fistula), acácia amarela (Vachellia farnesiana), quaresmeira (Tibouchina granulosa), ipê branco (Tabebuia roseo-alba), ipê rosa (Handroanthus heptaphyllus), ipê roxo (Handroanthus impetiginosus) e ipê amarelo (Tabebuia alba).

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