Prefeitura promove palestra sobre cooperativismo para pescadores e produtores locais

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A Prefeitura de Maricá, através da Secretaria Municipal Adjunta de  Agricultura e Pesca, promoveu nesta terça-feira (03/02), no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), a palestra “Cooperativismo ao alcance de todos” para pescadores e produtores rurais. Com início às 17h30, o encontro foi coordenado pelo secretário da pasta, Rubem Pereira, e contou com a presença de representantes da Fundação Instituto da Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) e das associações pesqueiras do município. A palestra foi ministrada pelo diretor do escritório regional do Serviço Social de Cooperativismo (Sescoop-RJ), Jorge Pecly, que discursou sobre o processo de implantação de uma cooperativa.

Dezenas de pescadores artesanais e produtores rurais compareceram ao evento, que teve como objetivo introduzir pessoas interessadas no cooperativismo, abordando os princípios, a constituição de uma cooperativa e a adesão ao quadro societário da mesma. O secretário Rubem Pereira adiantou que é importante para a cidade e moradores a formação de cooperativas, tanto de pescadores quanto de produtores rurais. “O cooperativismo, sistema com 170 anos de existência, é a bola da vez no mercado autossustentável. Estamos recebendo pescado de Araruama (em 2013, era de Saquarema) e hortaliças de Sumidouro para a merenda escolar, quando poderíamos ser autossuficientes nesses produtos para o consumo interno”, contextualizou. “Espero que possamos constituir cooperativas o mais breve possível para fortalecer juridicamente e economicamente os setores e abastecer a merenda escolar, que atende 17 mil alunos diariamente. Estamos apoiando no que for preciso. A hora é de vocês se interessarem e se unirem para um bem comum, que é o do crescimento coletivo”, incentivou o secretário.

O pescador Paulo Cardoso, de 54 anos, presidente da Associação Livre de Aquicultura e Pesca de Itaipuaçu (Alapi), afirmou que a ideia de uma cooperativa de pescadores é sempre bem vista. “Temos cerca de 400 pescadores no município. Despertar o interesse e convencer a maioria a se unir em uma cooperativa leva tempo, mas acho que deveríamos iniciar a cooperativa com o número mínimo de (20) pescadores. É necessário uma parceria com o governo, para iniciarmos. Só dessa forma, teremos produção suficiente para atender a merenda escolar e venda no mercado interno, reduzindo a pesca predatória de traineiras de outras cidades e estados que arrastam e levam toneladas de nosso pescado. O mar de Maricá, segundo mapeamento do Fiperj, está entre os mais piscosos do estado”, informou.

Já Nilton Luciano da Costa, de 58 anos, acha que é preciso desassorear e dragar as lagoas com regularidade, para penetração do peixe do oceano para a água doce. “Morei nos EUA e conheci a Região dos Lagos de Ohio. A pesca lagunar é organizada e tem cooperativas. Aqui em Maricá, alguns colegas praticam a pesca marítima, porém muitos praticam a pesca nas lagoas. Os pescadores precisam do habitante e do turista para vender o seu peixe. Com a despoluição e abertura dos canais, haveria peixe suficiente e um turismo com mais qualidade para o município. Feito isto, a cooperativa seria muito bem-vinda, pois organizaria nossa produção e comercialização na região”, sugeriu.

Os pescadores e produtores rurais que desejarem outras informações sobre a inicitava devem procurar a Secretaria Municipal Adjunta de Agricultura e Pesca, que fica Estrada de Ubatiba, s/nº. Também podem entrar em contato pelo telefone 3731-4014.