Área também receberá obras de pavimentação
Um complexo trabalho de drenagem começou a ser executado esta semana pela Prefeitura de Maricá para equacionar um problema crônico de alagamento numa área localizada entre Itaipuaçu e Inoã – no limite entre os loteamentos Parque Vera Cruz e Chácaras de Inoã. A localidade, mais baixa do que a área que a cerca, é conhecida pelo acúmulo de água das chuvas. As primeiras manilhas já foram instaladas por equipes da secretaria municipal de Obras na Rua 23, a partir da esquina com a Rua Sete.
A nova rede de drenagem terá cerca de 1,5 quilômetro e vai beneficiar, principalmente, a região do Parque Vera Cruz no entorno das ruas 15 e 16. Segundo a secretaria de Obras, a tubulação avançará cortando a Rua 23, passará por um terreno particular e avançará até o final da Rua 15. A água vai desembocar num córrego cujo curso d’água vem da Estrada de Itaocaia Valley. Apesar de haver construções na localidade, trata-se de um trecho de mata que, nos dias de chuva, sem a devida estrutura para escoamento, fica completamente alagada. Para iniciar as obras, a Prefeitura negociou com o proprietário do terreno por onde passará parte da tubulação.
Depois de concluírem a primeira etapa das obras para escoar o curso do córrego até um riacho que corta a Rua Sete (já no loteamento Chácaras de Inoã), novas manilhas serão instaladas em toda a extensão da Rua 15 e em parte da Rua 16, na altura da recém-inaugurada praça do Vera Cruz. Após a conclusão do trabalho de drenagem, as ruas 15 e 16 serão asfaltadas.
Moradores aliviados
Testemunhas dos anos de sufoco vividos por causa das enchentes, os moradores das duas regiões receberam com entusiasmo o início das obras. “Muita gente veio morar aqui, acabou aterrando várias áreas e deu no que deu. Chegou um momento em que não havia mais por onde escoar essa água toda”, resume o contador aposentado Rodolfo Valcarcel, de 58 anos – o morador que permitiu as obras dentro do seu terreno, do qual é dono há dez anos, e que separa as ruas 15, no loteamento Vera Cruz, e 23, em Chácaras de Inoã. “Não podia tomar uma atitude mesquinha e deixar que uma obra importante como essa deixasse de ser feita”, declarou.
Para o também aposentado Carlos Alberto dos Santos Cavalcanti, de 49 anos, a sensação é de alívio. Morador da Rua 15, ele conta que criou os filhos ali e que sempre foi difícil se deslocar na região.“Pare eles irem para a escola ou faculdade em dias de chuva era sempre um problema, sem falar que havia noites em que eu não conseguia dormir com medo da minha casa alagar. Já quis até sair daqui por causa disso, mas creio que agora isso vai acabar de vez. Me sinto aliviado”, reforçou Cavalcanti.
