Elsson Campos

A tempestade de abril foi a maior em volume de água já registrada pelos pluviômetros nos últimos 10 anos em Maricá e só quem perdeu todos os seus móveis, eletrodomésticos e demais pertences sabe o que isso significa. A Prefeitura de Maricá fez o possível para colaborar com essa fase difícil na vida dos milhares de moradores da cidade, que foram vítimas da tragédia, com o pagamento rápido do Aluguel Social e do Auxílio Recomeço, este último a 3.531 pessoas. Temos atualmente 123 pessoas recebendo a locação, sendo 84 beneficiários vítimas das enchentes. O período de duração do Aluguel Social são 12 meses.

Esse foi o caso do morador de Ponta Negra, o almoxarife Eduardo Deolindo, de 37 anos, atualmente desempregado, que pôde recomeçar a partir dos benefícios sociais. Eduardo e sua família foram surpreendidos com a força da chuva, ao chegarem em casa após o retorno do enterro da sogra, em Japeri. Acordaram na madrugada do dia 2 de abril, com os vizinhos pedindo ajuda, e perceberam que a água já estava invadindo a casa. Eduardo conseguiu pegar apenas seus documentos e alguns eletrodomésticos e saiu com sua esposa e filho, a caminho da casa do enteado, onde foram acolhidos durante o fim de semana.

No mesmo dia, o almoxarife recebeu a visita de assistentes sociais, que identificaram a necessidade de a família ir para uma nova casa. Na segunda-feira (04/04), Eduardo recebeu o Aluguel Social e foi, com a esposa Rejane e o filho Carlos Eduardo, de 14 anos, para uma residência alugada também em Ponta Negra.

“A semana da enchente foi muito atribulada. Nunca achei que minha casa seria atingida, já que fica no alto. No sábado, vi que era muita água e, com a força dela, desceu junto areia do rio. A água ficou represada e invadiu minha casa. Perdemos muitas coisas. É difícil explicar a dor de ter a casa tomada pela chuva e se sentir perdido, sem saber por onde recomeçar, mas a Prefeitura nos ajudou durante todo esse processo”, contou Eduardo.

A família foi contemplada também com o Auxílio Recomeço, com o recebimento de cinco mil mumbucas (equivalentes a cinco mil reais), que proporcionaram a compra de novos móveis e eletrodomésticos, já que haviam perdido a maioria na enchente. Eduardo ressaltou que quando alugaram a casa, a família estava dormindo em colchonetes no chão, emprestados pela dona do imóvel.

“O atendimento da Prefeitura de Maricá foi ótimo! Recebi a visita das assistentes sociais que já informaram sobre o Aluguel Social. Consegui uma casa na mesma semana. Apesar de ter a casa, os móveis eu perdi, e me informaram sobre o Auxílio Recomeço, que foi um alívio para nós. Com o valor, consegui comprar camas, guarda-roupa e geladeira. Ter esse suporte foi um alívio. Só tenho a agradecer”, finalizou Eduardo.

Auxílio para as vítimas das chuvas

O Auxílio Recomeço consiste no pagamento de cinco mil mumbucas a famílias com renda de até três salários mínimos, em situação de emergência ou vulnerabilidade temporária, com residência fixa no município e laudo emitido pela Defesa Civil, para ajudar na aquisição de móveis e eletrodomésticos.

Suporte imediato às vítimas desde o primeiro dia

Além da abertura imediata de abrigo emergencial no Centro Educacional Joana Benedicta Rangel, o prefeito Fabiano Horta anunciou as primeiras medidas de apoio socioeconômico às vítimas, que foram anunciadas um dia após a forte chuva, no dia 2 de abril, com o pagamento do aluguel social no valor de 1.500 mumbucas.

Na mesma semana, o prefeito encaminhou projeto à Câmara de Vereadores para prorrogação do Programa de Amparo ao Trabalhador (PAT) até o mês de dezembro, mantendo o valor de 600 mumbucas. O valor do benefício do programa Renda Básica da Cidadania (RBC) também foi aumentado de 170 para 200 mumbucas. O plano foi elaborado em parceria com as secretarias Desenvolvimento Econômico, Economia Solidária e com o aval de órgãos como a Controladoria e Procuradoria, para assegurar amparo das autoridades de controle do município.

 

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