Foto: Elsson Campos

A Prefeitura de Maricá organizou duas ações neste domingo (20/03) pelo Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado no dia 21/03. No Parque Nanci, a Secretaria de Políticas Inclusivas fez um piquenique com atrações culturais, brincadeiras e dança. Em Araçatiba, as pessoas com Down participaram de atividades na lagoa com canoa polinésia e triciclo adaptado, além de yoga, alongamento e circuito funcional, numa parceria com a Secretaria de Assistência Social e o projeto “Empresto minhas pernas” da Organização da Sociedade Civil Rede Cicle. As atividades marcam o início da Semana da Síndrome de Down que ocorre até sexta-feira (25/03).

No projeto “Empresto minhas pernas”, o objetivo é fazer com que as pessoas com deficiência tenham autonomia (física e/ou mental) a partir da interação com voluntários participantes, em práticas esportivas.

“Queremos incentivar o profissional a direcionar o olhar para as alterações comuns em variadas deficiências e mostrar que a pessoa com Down pode interagir com as demais, fazer esporte, dançar e brincar. Esse é um evento de inclusão social”, reforçou o secretário de Assistência Social, Jorge Castor.

Inclusão e estímulo

Quem participou da atividade com canoa na lagoa foi Daniel Felipe Lacovino, de 35 anos, que falou da experiência vivida.

“Gostei principalmente de remar. Quero andar na cadeira também. Está tudo muito bom”, disse Daniel.

A manhã de domingo em Araçatiba reuniu também pessoas sem deficiência, como Jacidra Maia de Oliveira, de 82 anos, que fez um passeio pela orla no triciclo adaptado.

“Depois de tanto tempo enclausurada, isso aqui está sendo muito interessante. Andar na cadeira foi muito bom, relaxa e dá pra aproveitar o passeio”, disse Jacidra, moradora da Barra de Maricá.

A coordenadora de Inclusão da Secretaria de Assistência Social, Bárbara Areas, explicou como a atividade com canoa ajuda no desenvolvimento da pessoa com Síndrome de Down.

“Essa movimentação realizada para coordenar os remos promove uma estimulação neurofuncional fazendo com que mais neurônios sejam ativados durante a execução da atividade”, disse Bárbara.

O evento em Araçatiba também reuniu pessoas com deficiência intelectual, paralisia cerebral, dislexia e hiperatividade, com apoio do Núcleo de Atividades Interativas e Recreativas para Jovens e Adultos Especiais (Nair) e da Escola Estadual Elisiário Mata, que levou pessoas com dislexia.

Piquenique com dança no Parque Nanci

Um piquenique muito divertido foi realizado na manhã deste domingo (20) no Parque Nanci. Além de sucos, pães e bolos, as pessoas com Síndrome de Down, familiares e funcionários da Secretaria de Políticas Inclusivas dançaram vários ritmos, entre eles músicas dos anos 70 e 80, samba, forró, sertanejo, num verdadeiro baile de interação e inclusão social.

O professor do projeto Cia Down Dance, Allan Lobato, veio de Cabo Frio para animar a festa.

“O mais importante é mostrar que eles podem ter vida social, podem trabalhar, namorar, saírem à noite e participarem de eventos sociais e de dança, ou seja, fazerem o que quiserem”, disse Allan.

Acompanhada dos pais, Roberta Mataruna Perrone da Costa, de 16 anos, tem uma vida normal como qualquer jovem da sua idade. Ela faz ginastica, jazz, balé, natação e contou o que é ter a síndrome.

“Todo Down tem o olho puxado, mas o resto é tudo igual”, simplificou Roberta, que aproveitou o evento para dançar, uma das coisas que mais gosta. “Vou sambar muito hoje”, completou. “Essas atividades ajudam com a parte cognitiva, de interação e inclusão social. Isso é maravilhoso”, acrescentou a mãe, Ana Carla Perrone.

Também presente no piquenique, a secretária de Políticas Inclusivas, Sheila Pinto, destacou a importância do evento.

“O objetivo é dar visibilidade para nossa causa com o intuito de mostrar que ser diferente é normal. Temos que entender que cada um tem um ritmo de desenvolvimento e, como todas as pessoas, personalidade própria”, afirmou Sheila.

Filme “Colegas” no Cine Henfil nesta segunda-feira (21/03)

Na segunda-feira (21), no Dia Internacional da Síndrome de Down, a Secretaria de Políticas Inclusivas exibe o filme “Colegas” (2012), do diretor Marcelo Galvão. A sessão gratuita acontece às 18h, no Cine Henfil. O filme conta a jornada de três amigos, Stallone, Aninha e Márcio, que vivem juntos em um instituto de pessoas com a síndrome que, inspirados nos filmes que eles viam, decidem sair mundo afora para realizarem seus sonhos.

A data é lembrada mundialmente no dia 21/03 desde 2006 em alusão à Trissomia do Cromossomo 21, porque as pessoas que possuem a Síndrome de Down carregam 3 cromossomos número 21.

Jornada Científica T21

Na quarta-feira (23), das 9h às 17h, acontece a primeira edição da Jornada Científica T21, com enfoque na condição genética Trissomia do Cromossomo 21, mais conhecida como Síndrome de Down. A jornada, promovida pela Secretaria de Assistência Social, será uma troca de conhecimentos, por meio de palestras e vivências, entre profissionais da rede, como fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas, pessoas com a síndrome e familiares.

As inscrições da Jornada Científica T21 estão abertas, mas as vagas são limitadas a 70 participantes. O cadastro é gratuito e será realizado até o dia 22/03 ou até preencherem as vagas. Os interessados precisam acessar o link de inscrições (https://www.sympla.com.br/i-jornada-cientifica-t21__1517236) e informar o nome completo e email para a emissão do certificado. O evento acontecerá na Universidade Vassouras, campus Maricá, no Flamengo.

A Semana da Síndrome de Down será encerrada na sexta-feira (25) com exibição do filme “Cromossomo 21”, no Rotary Clube de Maricá, às 14h. Em seguida, acontece uma confraternização com concurso de coreografia do TiK Tok com pessoas com Síndrome de Down.

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