Com apoio da Prefeitura de Maricá, o Dia da Visibilidade Trans, celebrado neste sábado (29/01), foi encerrado com debate sobre “Visibilidade e Luta”. O evento teve participação de ativistas da causa LGBTQIA+ de Maricá e de outros municípios.

A série de debates online foi aberta na quinta-feira (27) com uma reunião do Conselho Municipal LGBTQIA+ de Maricá. Já na sexta-feira (28) o grupo abordou a infância, adolescência e terceira idade dessas pessoas em dois temas: A Saúde da População Trans e a Tranvestigeneridade Através das Gerações. O evento foi realizado pelo Conselho Municipal LGBTQIA+ de Maricá, com apoio da Prefeitura por meio da Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher.

Acesso a serviço especializado

Uma das convidadas desta sexta-feira foi a médica Beatriz Selles, que atua na rede pública de saúde de Maricá e é mãe de um menino trans de 12 anos. Ela falou de sua experiência e das dificuldades que vem enfrentando, por exemplo, para que o filho tenha acesso a um serviço especializado.

“Como o Rio não dispõe desses serviços para crianças trans, tenho de ir com ele a São Paulo uma vez ao mês, o que não é barato”, relatou a médica. “Com 7 anos ele pedia que um mágico o transformasse em menino. Normalmente é mais fácil abafar esse tipo de situação, o que muitos pais acabam fazendo. Só que o dever dos pais na realidade é acolher os filhos sempre, e foi o que eu e meu marido fizemos”, disse Beatriz.

Espaço de saúde para comunidade trans

O coordenador de assuntos LGBTQIA+ da Secretaria Municipal de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher de Maricá, Carlos Alves, afirmou que há outras pautas de reivindicação para a cidade, como um espaço de saúde para comunidade e também um centro de referência LGBTQIA+, no qual um grupo de profissionais atenderiam os membros da comunidade em diferentes demandas.

“Objetivo é debater a cidadania de homens e mulheres trans em nossa cidade e na sociedade em geral, que ainda sofrem todo tipo de preconceito o tempo todo, seja na família, no trabalho ou na rua. É uma questão de como inserir mais e melhor essa população, que ainda é muito vulnerável”, disse Carlos Alves.

Deixe uma resposta

Please enter your comment!
Please enter your name here