A Prefeitura de Maricá promoveu nesta quinta-feira (16/12) a 1ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, encontro entre diversos setores que debateu políticas públicas locais e apresentou propostas ligadas à realidade da cidade. A iniciativa da Secretaria de Economia Solidária reuniu representantes da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional do município (Caisan), do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea – RJ) e da população de Maricá.

“Com essa conferência, Maricá sai na frente na discussão sobre segurança alimentar. Antes da pandemia, desde a crise dos caminhoneiros, começamos a incentivar a produção local em diversos eixos, com o Caminhão do Peixe, a Fazenda Pública e outros projetos. Essas iniciativas dialogam para fomentar a alimentação, da produção até o mercado”, destacou o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca, Julio Carolino, que  compôs a mesa da conferência.

Sociedade participa de conselho municipal sobre o tema

No evento, realizado no Auditório Manoel Lago, sede do Banco Mumbuca, no Centro, foram apresentados projetos de várias secretarias ligados à segurança alimentar, numa demonstração do compromisso da cidade em efetivar ações para garantir alimentação de qualidade e sustentável aos moradores. Na ocasião, também foi eleito o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, composto por membros da sociedade civil, responsáveis por acompanhar e fiscalizar as ações governamentais relacionadas à segurança alimentar.

“A cidade tem diversas ações significativas nessa área, e é fundamental observar a sociedade civil organizada junto ao poder público. Estamos em um momento crítico da segurança alimentar, e essa união aprimora os projetos existentes, debatendo o tema e promovendo o combate à fome da população”, afirmou Renata Machado, presidente do Consea-RJ.

Iniciativas locais promovem segurança alimentar

Diversos projetos existentes em Maricá contribuem para a segurança alimentar da população. O Restaurante Municipal Mauro Alemão, em Inoã, oferece 1 mil refeições por dia a preços simbólicos (R$ 1 para o café da manhã e R$ 2 para o almoço). Outro projeto de referência são as hortas comunitárias, onde são cultivados legumes e verduras sem agrotóxicos, nos bairros de Araçatiba, Cordeirinho, Guaratiba, Itapeba, Manu Manuela e Parque Nanci.

A Fazenda Pública Joaquín Piñero é um local importante de promoção da segurança alimentar. O espaço no Espraiado possui 200 hectares (2 milhões de metros quadrados), onde são plantados aipim, abóbora, milho, alface, repolho, couve, berinjela, banana e melancia. Os alimentos são destinados ao Restaurante Municipal, às escolas municipais e também são distribuídos aos moradores em áreas de grande circulação de pessoas.

Essas iniciativas atendem ao Artigo 3 da Lei Federal nº 11.346, conhecida como a Lei da Segurança Alimentar. Nela, é garantido à população o direito a alimentos de qualidade, de forma regular, permanente e em quantidade suficiente. Práticas alimentares como as adotadas em Maricá promovem saúde, em ações construídas coletivamente por diversos setores.

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