Foto: Katito Carvalho

A Praça Emilton Santos, também conhecida como Praça Agroecológica, em Araçatiba, recebeu a segunda edição do Sábado Agroecológico, projeto iniciado em julho que vai ser realizado no primeiro sábado de cada mês. O tema desta vez foram as chamadas ‘sementes crioulas’, que não passam por nenhum processo industrial.

Houve uma palestra sobre o produto e também distribuição de mudas de alface, cebolinha, coentro, pimenta tipo ‘biquinho’, rúcula e salsa. O evento promovido pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca recebeu cerca de 120 pessoas e é uma parceria com a Cooperativa de Trabalho em Assessoria a Empresas Sociais em Assentamentos de Reforma Agrária (Cooperar). A próxima edição está prevista para o dia 4 de setembro.

A palestrante foi a professora catarinense Maritania Andretta Prisso, que atua junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ela explicou como as sementes crioulas se diferenciam das demais.

“Uma das grandes diferenças é a quantidade de nutrientes que elas contêm, bem maior do que as sementes normais. É interessante levar à população as formas de produção e também os alimentos que realmente precisamos. O debate é importante e, para mim, é uma satisfação estar aqui hoje”, afirmou ela, que também é artista plástica.

Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca de Maricá, Julio Carolino, as sementes crioulas têm ainda outra grande vantagem. “Na verdade, são várias, mas a principal delas é uma resistência maior a pragas por causa de várias características genéticas que elas têm”, revelou ele, que ressaltou o sucesso do evento em sua segunda edição.

“Tivemos até de suspender as inscrições pela grande procura, e isso mostra que realmente o Sábado Agroecológico veio para ficar. Nas próximas edições, queremos já implantar o sistema de baldinhos com matéria orgânica para reciclagem, que a população poderá trocar por produtos cultivados na fazenda pública Joaquín Piñero. Também queremos levar esse projeto a outros bairros da cidade”, projetou o secretário, antecipando que uma nova praça agroecológica será construída em Itaipuaçu, num local ainda a ser definido.

Quem foi assistir à palestra e conhecer as sementes crioulas garante que aprendeu bastante com o que ouviu e, com isso, deverá mudar os hábitos alimentares da família. “Quero ensinar meus netos a se alimentarem melhor e, depois daqui, vou orientá-los para coisas mais saudáveis. Acho muito importante ter isso na cidade, aprendemos muito”, afirmou Maria José Ferreira, de 60 anos, moradora do Bairro da Amizade.

O jardineiro Ronaldo de Freitas contou que cultiva hortaliças em casa e também foi aprender mais com a palestra. “É uma coisa nova para mim, um aprendizado novo. Vou aplicar nas plantações da minha casa”, garantiu o morador do Boqueirão, de 35 anos.

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