Foto: Evelen Gouvêa

A nova secretária de Economia Solidária, Rebeca Azevedo, esteve em São Paulo no último fim de semana (12/06 e 13/06) para apresentar o panorama da situação do programa Renda Básica de Cidadania (RBC) de Maricá a diversas pessoas ligadas ao tema no país. Além da discussão sobre o RBC, que é hoje uma referência internacional em inclusão social com transferência direta de renda, esteve em pauta temas como pessoas em situação de rua, saúde mental, banco comunitário, promoção da educação permanente, participação popular e incubadoras cooperativas. 

A responsável pela pasta, Rebeca Azevedo, classificou como gratificante poder contar um pouco da história de Maricá por meio do RBC para outras pessoas com interesses mútuos. “É uma enorme felicidade para a secretaria, e para mim enquanto representante da Prefeitura, poder ver a diferença que isso faz na vida das pessoas e poder ser exemplo para outras cidades que têm esse mesmo interesse de gestão com a população”, afirmou.  

O primeiro de uma série de encontros foi com o vereador Eduardo Suplicy, precursor e principal expoente brasileiro das discussões que envolve a renda básica. Em pauta, esteve a experiência de Maricá na aplicação do programa Renda Básica da Cidadania e um panorama geral sobre o avanço de iniciativas de renda básica no Brasil e no mundo. Durante a reunião, ficou acertada a realização de uma live sobre o assunto no mês de julho, em data ainda a ser definida.  

Na sequência, a secretária se reuniu com Leandro Ferreira, presidente da Rede Brasileira de Renda Básica, para compartilhar informações sobre o RBC em Maricá e em outros municípios do país, sempre na perspectiva de reafirmar o conceito de renda mínima como política pública essencial para que todas as pessoas tenham direito a uma subsistência digna.   

Ao falar sobre banco comunitário, a secretária se reuniu com Maria Vini de Caldas, uma das idealizadoras da Moeda Commisari, criada pela Associação de Promoção Humana e Resgate da Cidadania, de São Paulo. A moeda é aceita nas comunidades em torno do Jardim Silvina e o banco oferece microcrédito a juros zero, a exemplo do Banco Mumbuca de Maricá. 

A respeito do tema de pessoas em situação de rua, Rebeca Azevedo conversou com o padre Júlio Lancelloti e garantiu que esta será uma das políticas prioritárias de sua gestão. O pároco é símbolo do combate à pobreza e tem como objeto principal da ação social ajudar as pessoas em situação de rua. Uma live com Lancelloti também será agendada no decorrer do próximo mês para pensar os desafios e possibilidades de atuação com tal população, através da economia solidária.

Outro encontro sobre o mesmo tema foi com Maria Angélica Comis, que ocupou o cargo de assessora política de drogas na Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, na gestão de Fernando Haddad, a partir do programa de Braços Abertos.  

Para tratar sobre saúde mental, Rebeca se encontrou com Leonardo Penafiel Pinho, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), diretor da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) e membro da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol) 

“A saúde mental, notadamente agravada devido à pandemia de coronavírus, esteve no centro do debate. A ideia é pensar políticas públicas através da secretaria que fomentem as iniciativas de economia solidária e saúde mental, intersetorialmente”, disse Rebeca.

Com a intenção de estabelecer uma parceria que possibilite pensar o desenvolvimento de uma incubadora municipal em Maricá, a secretaria se reuniu com o professor Reinaldo Pacheco, coordenador do ITCP-USP.  A USP concebeu e implementou uma incubadora de cooperativas de maneira exitosa. 

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