Foto: Anselmo Mourão

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, nesta segunda-feira (08/03), a Coordenadoria de Assuntos Religiosos de Maricá realizou uma manhã de homenagens a mulheres que representam a cidade. Durante roda de conversa, as mulheres debateram temas como violência doméstica e luta por igualdade de direitos.

“A gente como coordenadoria e também como mulheres, vemos a importância desse dia e queremos celebrar a luta diária e o quanto avançamos na sociedade com muita garra e determinação. Por isso vamos homenagear algumas das mulheres guerreiras de Maricá, infelizmente não podemos convidar todas as mulheres devido à pandemia, mas todas estão sendo muito bem representadas”, ressaltou a coordenadora de assuntos religiosos, Daniele Alves.

A subtenente da Polícia Militar, Jaqueline Abreu, contou que diariamente presencia a dificuldade das mulheres que sofrem violência de pedirem ajuda e se colocou a disposição na luta contra a violência.

“Tenho 22 anos de polícia militar e no decorrer desse tempo eu tenho vivenciado algumas ocorrências. A mulher tem muito medo de falar, de pedir ajuda, ela tem vergonha na maioria das vezes. Muitas vezes já sofrem de violência através de palavras e não sabem. “Você não vai sair”, “Esse short tá muito curto”… Quando chega na agressão física ela já foi agredida psicologicamente. Nós precisamos pedir ajuda. Todas precisam saber que não estamos sozinhas. Então precisamos falar e ajudar umas as outras”, explicou a policial.

Sheila Pinto, secretária de Políticas Inclusivas, participou do evento e declarou que o maior desafio que enfrentamos é o direito a ter direito. “Eu estou feliz por esse dia. Sou feliz por todos os outros dias por que eu sei o que é ser mulher. Temos que praticar a sonoridade todos os dias. Tem que ser muito mulher para enfrentar tudo o que enfrentamos. Tem que lutar contra uma sociedade machista e conquistar espaço. Quando estamos dentro do ônibus e o homem acha que tem direito sobre o teu corpo, isso é violência, essa é a nossa luta”, disse.

Para a coordenadora de Política Públicas Luciana Piredda,  disse que se sente representada por todas as mulheres que lutam.

“Cabe a nós as várias jornadas, se a gente sai pra trabalhar a gente volta pra cuidar da família e o machismo impõe que essas atividades de cuidado sejam delegadas a nós, eu defendo que a gente implante políticas públicas que otimizem nossa vida doméstica. Se a gente consegue dialogar com maior número de mulheres para que elas percebam que o cuidado da família pertence também aos nossos companheiros, a gente vai desmanchando esse paradigma que precisamos dar conta de tudo por sermos mulheres”, afirmou.

Já Adriana Luiza da Costa, secretária de Educação,  destacou  a importância de educar os meninos para já saberem desde crianças que também precisam ajudar nas tarefas de casa. 

“Afinal de contas, por que os homens agridem? Quem educa esses homens? Esse dia é um dia pra gente refletir enquanto mulheres, mães e educadores. O que nós temos feito para mudar isso? O nosso filho é o pegador? É certa essa postura? Que tipo de educação é essa? É um momento de parar para pensar que forma estamos educando nossos filhos e nossos netos. As tarefas de casa precisam ser divididas. Vamos ensinar aos nossos filhos a cuidar do outro desde pequenos”, finalizou emocionada.

Ainda nesta segunda-feira, a partir das 19h, a Prefeitura, através da Secretaria de Comunicação e a Coordenação de Políticas Públicas para as mulheres realiza uma transmissão ao vivo no Facebook e no Youtube da Prefeitura de Maricá, com debates e shows para celebrar a data.

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