Foto: Evelen Gouvêa

A merenda escolar da rede municipal de ensino de Maricá pode ganhar o reforço do mel quando as aulas retornarem, ao final do isolamento imposto pelo novo coronavírus. As secretarias municipais de Educação e de Agricultura, Pecuária e Pesca  estão avaliando em conjunto a melhor forma de o produto, produzido na Fazendo Ibiaci (no Espraiado), chegar aos alunos das escolas. Uma delas seria sua inserção no cardápio diário após a entrega de uma quantidade a cada uma das 64 unidades escolares.

De acordo com a subsecretária de Agricultura, Pecuária e Pesca, Julyana Von Matter, a opção pode ser a mais viável para que o mel chegue a todos os alunos da rede de maneira eficaz. “A primeira alternativa que consideramos foi colocar em pequenos frascos e distribuir nas escolas. Estamos conversando para chegar a um consenso sobre qual será a melhor forma, mas o certo é que o mel vai chegar às escolas da nossa rede logo que a pandemia terminar”, garantiu ela, que acompanhou a etapa final da produção do mel coletado na fazenda pública, na última terça-feira (12/05).

A Secretária de Educação, Adriana Costa, disse que considera importante a inclusão do mel na merenda escolar e que as duas hipóteses estão sendo analisadas. “Vamos definir junto com a equipe de nutrição, que prepara o cardápio dos alunos da nossa rede, a melhor maneira de implantar o produto no ambiente escolar. Tudo aquilo que reforçar e der mais qualidade à alimentação dos nossos alunos é importante para nós” ressaltou.

Na última parte do processamento do mel, o produto foi colocado nos potes depois de 72 horas de descanso no decantador. Antes disso, as placas das melgueiras passaram pela desopeculação (feita em uma mesa própria para isso), que é uma raspagem dos favos para facilitar a saída da maior parte do mel. Os favos retirados contém uma quantidade menor, mas que também é aproveitada.

Em seguida, as placas foram para a centrífuga manual onde giraram fortemente por cerca de cinco minutos. Nela, o mel é jogado nas paredes do aparelho e desce até o fundo para, então, ser retirado em grandes baldes, com a ajuda de uma sacola plástica. Todo o material é higienizado antes do uso e, na hora do envasamento, todos tiveram de usar uma touca capilar para evitar a queda de fios.

“É preciso ainda mais cuidado nesta etapa do que nas anteriores. Além das propriedades antibacterianas e antibióticas, o mel é também um produto hidroscópico, ou seja, ele capta toda a umidade que existe no ambiente onde ele está”, explicou o apicultor Luiz Cláudio Cole, responsável pelo processamento que durou sete dias. Para ele, é de suma importância a iniciativa de fazer o mel chegar aos alunos das escolas.

“Isso é pensar no futuro, criar uma consciência de como é importante preservar e sempre reflorestar o que é desmatado, para que haja vegetação para atrair as abelhas e, consequentemente, se produza o mel”, projetou Cole.

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