Fechamento do trânsito na Rua Ribeiro de Almeida (Centro)

Como mais uma medida de contenção à expansão do coronavírus causador da Covid-19, a Prefeitura estendeu até o dia 28 de abril a suspensão de atividades comerciais no âmbito do município. Somente serviços essenciais podem funcionar, como supermercados, farmácias, padarias, postos de gasolina, clínicas veterinárias e hortifrutis, entre outros. Bares e restaurantes só podem funcionar com serviços de delivery. O decreto segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), e medida similar adotada pelo governo estadual.

“O isolamento é a forma que temos de conter a doença”, disse o prefeito Fabiano Horta, reafirmando a necessidade de a população permanecer em suas casas, mesmo com medidas duras. “Essa é, sem dúvida, a medida que vai evitar a proliferação da doença na cidade. É a forma que temos de garantir que as redes de saúde municipais consigam absorver os pacientes. Nós queremos errar pelo excesso de zelo, lutando contra esse inimigo invisível”, frisou.

Quem estava na rua por necessidade se deparou nesta terça-feira (14/04) com uma cidade mais vazia, como aponta a aposentada Emilse Andrade, de 62 anos. “Olha, parece que todo dia é domingo.  O trabalho da Guarda Municipal está sendo essencial para conter esse problema da pandemia. Logo que avisto alguma fila no banco já vejo a guarda atuando com o megafone para colocar tudo em ordem. Estou gostando muito do que estou vendo, principalmente dos polos de atendimento já construídos, me sinto mais resguardada”, comentou, citando os dois centros de acolhimento de pessoas com sintomas de coronavírus já em funcionamento, no Centro e em Itaipuaçu. 

O autônomo José Marcos dos Santos, 60, morador do Caju, disse que medidas duras são necessárias nesse momento para que as pessoas respeitem. “Prefiro que seja assim, que feche tudo e deixe só o que a gente precisa para não passar necessidade. Eu, por exemplo, tenho necessidade de vir à rua comprar remédio. Cada um que faça a sua parte. Estou fazendo a minha usando o álcool em gel sempre que preciso”, disse, mostrando a sacola com os medicamentos que toma.

“Sempre evito ir às ruas, colocar as mãos nas coisas, ir a lugares que têm muita gente. Acho que se todos tivessem consciência, os nossos casos seriam menores. Vejo um empenho grande em resolver esse problema, pena que depende de muita gente e muitos fatores. As pessoas precisam respeitar mais”, comentou o autônomo Marcelo Pereira, 43, morador do bairro do Caju.

Vale ressaltar que o decreto de fechamento do comércio permite o funcionamento de serviços de manutenção de veículos. Oficinas mecânicas podem funcionar desde que o atendimento seja individual e com hora marcada. Lojas de autopeças e de materiais de construção igualmente estão autorizadas a funcionarem, mas com as portas arriadas, com despacho de mercadoria na entrada e serviço de entrega.

 

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