“Chegou em uma hora boa, eu já estava quase sem nada em casa.” A frase é da dona de casa Altiva Maria da Conceição, de 56 anos. Ela, junto com seus filhos e netos vivem em uma pequena casa no loteamento Marine, em São José do Imbassaí. Altiva foi uma das contempladas pela ação da Prefeitura que levou para ela alimentos não utilizados nas escolas como merenda. A iniciativa, que acontece desde o início da semana, é das secretarias de Assistência Social e Educação, e objetiva dar suporte às famílias em vulnerabilidade social cadastradas no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), de Maricá. Cerca de quarenta cestas contendo legumes e mantimentos básicos estão sendo distribuídas diariamente por cada CRAS da cidade.

De acordo com o Coordenador de Proteção Social Básica da Secretaria de Assistência Social, Thiago Ribeiro, o principal objetivo é auxiliar as famílias que não têm acesso aos benefícios como mumbuca ou bolsa família. “Chegamos nas famílias que realmente identificamos como vulneráveis dentro do cadastro do CRAS. Depois montamos um roteiro e entregamos todos os alimentos que recebemos das escolas, que seriam utilizados como merenda. Todo mundo está sendo ajudado nesse momento e o sentimento é de gratidão, tanto da equipe da entrega, como de quem recebe”, explicou.

A diretora do Centro Educacional Municipal Joana Benedicta Rangel, Vanda Timóteo, contou sobre como foi a orientação para reservar a merenda na escola. “Nos pediram para fazer um levantamento das crianças que têm a necessidade de alimentação em casa, principalmente nesses dias difíceis. Sabemos que algumas crianças vêm à escola porque precisam também se alimentar, e o foco são elas. É garantir a alimentação”, contou.

“Eu não tenho palavras. Estávamos realmente necessitados. Rezo muito para que esse vírus passe logo. Me sinto bem mais aliviada agora porque não vou precisar sair e correr risco. Obrigada!”, disse a aposentada Ana Maria da Silva, 67, moradora de São José do Imbassaí.

“Eu não trabalho mais, dependo da aposentadoria e ainda preciso fazer um monte de coisas para sobreviver. Eu preciso, e por isso tenho que sair para catar algumas latas e algumas verduras para os meus bichos. Essa ajuda veio em um tempo muito bom, pois vou ficar seguro por mais um tempo. Agora vou ficar tranquilo sem ter que sair por uns dias”, comentou Francileno Teixeira, 46, morador de São José do Imbassaí.

A diarista Cássia da Silva, 28, teve os seus serviços cancelados e contou sobre como foi receber a alimentação. “Veio em um bom momento, sem dúvida. Estávamos precisando realmente. Está uma situação complicada para comprar as coisas e com criança é pior ainda. Só de saber que não vou precisar sair de casa eu fico mais tranquila”, disse.

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