Foto Evelen Gouvêa

A próxima etapa da estratégia de enfrentamento à pandemia de Covid-19 já está sendo posta em prática pela Secretaria de Saúde de Maricá: na próxima sexta-feira (03/04) será aberto, no Centro do município, o primeiro dos três polos de atendimento a pacientes com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus.

A estrutura, similar à de um hospital de campanha, foi erguida e equipada no terreno do Esporte Clube Maricá para prestar o atendimento. Outros dois espaços assim, que funcionarão como a porta de acesso da população ao atendimento de casos do Covid-19, serão inaugurados nas semanas seguintes, em Itaipuaçu (10/04) e em Ponta Negra (17/04).

Nas tendas, que funcionarão todos os dias, das 8h às 20h, os atendimentos serão precedidos de um protocolo de classificação de risco, que determinará a necessidade de urgência para cada caso.

“Os pacientes serão separados até em salas de espera diferentes, evitando o chamado cruzamento de fluxos, que aumenta o risco de contágio. Assim, se uma pessoa tem febre, ficará num espaço com outros que apresentem esse sintoma; se tem febre e tosse, já vai para outra área – cada uma assistida por um médico diferente”, explicou a subsecretária da Rede de Atenção e Saúde Coletiva da Secretaria de Saúde, Solange Oliveira.

Diariamente, trabalharão em cada polo quatro médicos, cinco enfermeiros três técnicos de enfermagem e um auxiliar de farmácia (responsável pela distribuição de medicamentos relacionados a sintomas de gripe), além de seis servidores na administração e quatro para a limpeza dos locais. Duas ambulâncias ficarão à disposição nos polos para possíveis remoções de pacientes que apresentarem quadro de gravidade.

Solange afirma que o modelo em implantação na cidade vai desafogar as unidades básicas de saúde e dos hospitais, que passarão a oferecer os leitos de alta complexidade de que Maricá precisará para atender aos possíveis casos graves de Covid-19.

“O Hospital Conde Modesto Leal precisa estar livre tanto para os pacientes graves de coronavírus quanto para as outras demandas, como acidentados ou vítimas de infarto, por exemplo, que continuarão a chegar. E o Che Guevara, que será aberto em breve, só fará atendimento de alta complexidade do Covid-19”, detalhou.

Ainda de acordo com a subsecretária, nos polos de atendimento não será feita coleta de amostras para testagem da infecção por coronavírus.

“A coleta de material para análise se dá quando o paciente já apresenta quadro de gravidade; nesse caso, nós o estabilizaremos e removeremos para o hospital, onde será feita essa coleta”, afirmou ela, ressaltando também que existe a preocupação com a vinda de pessoas dos municípios vizinhos, que não estão se estruturando adequadamente para a expansão do número de casos da doença.

“É possível que acabemos absorvendo uma demanda de pessoas que não moram em Maricá, mas nosso planejamento já prevê isso”, assegurou.

 

Deixe uma resposta

Please enter your comment!
Please enter your name here