Foto: Clarildo Menezes

Neste domingo, 08/03, é comemorado mais um Dia Internacional da Mulher. Mais que um dia festivo, onde a Prefeitura preparou uma programação com vários eventos, também é mais um dia de luta, de reforço à luta permanente pelos direitos das mulheres. Há muito o que falar, mas um tema sempre latente é o da violência.

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública estimam que mais de 16 milhões de mulheres, cerca de 27,35% de brasileiras, sofreram algum tipo de violência durante o ano de 2018 – o último levantamento apresentado. A pesquisa ainda informa que 536 mulheres são agredidas por hora no país. De acordo com Luciana Piredda, Coordenadora de Políticas para as Mulheres da Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher, o assédio é caracterizado por uma violência sutil.

“Muitas das vezes essa mulher não identifica que está sofrendo assédio. É uma violência silenciosa que tem efeitos colaterais duradouros. A Casa da Mulher, que nós gerimos, tem trabalhado em conjunto com as mulheres para informar sobre essa violência, conscientizá-las que elas podem nos procurar, informar, propiciar um local seguro e colaborar mostrando que o enfrentamento para esse problema é a denúncia”, explicou. Segundo a coordenadora, atualmente cerca de 1.500 mulheres recebem atendimento na casa.

Ainda de acordo com Luciana, o assédio muitas vezes também vem de dentro dos locais menos esperados. “O assédio é encontrado em diversas camadas  e relações sociais. Podemos falar sobre o mundo do trabalho, da imposição da hierarquia, das relações nesses locais e também dentro da própria família”, completou.

Psicóloga da Casa da Mulher de Maricá, Sara Monteiro, comentou sobre o processo de recebimento das vítimas de inúmeros tipos de violência, onde está incluso o assédio.

“Elas chegam até nós através de encaminhamento ou até mesmo de pessoas que já foram atendidas por nós. Nós temos na casa um atendimento psicológico, jurídico, social e todo apoio que essa vítima precisar. Normalmente essas mulheres chegam até nós bem fragilizadas, e mostrar para elas que a nossa casa é um local seguro já ajuda bastante”, comentou.

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