Foto: Katito Carvalho

Uma nova equipe esportiva com apoio da Prefeitura de Maricá promete elevar o nome da cidade no futebol. O recém-formado time feminino do Maricá FC disputou neste fim de semana sua primeira competição fora do município e se tornou vice-campeão do torneio Nikity Society, disputado na Arena Zulu, no bairro de Santa Rosa, em Niterói.

No sábado (25/01), as 17 meninas venceram o time da casa na estreia por 6 a 2 e, no segundo jogo, se classificou para as semifinais também goleando o Lagoa, agora por 9 a 3. No domingo (26/01), depois de vencer o Pereira por 3 a 2, o time acabou perdendo na final por 6 a 1 para o Gladiadoras. A atacante Tatiele foi um das artilheiras do torneio, com 6 gols.

Para o técnico Rodrigo Rêgo, o time teve um rendimento acima do esperado para sua primeira disputa no Society (hoje chamado de Fut 7). “Para a final, acabamos perdendo por contusão nossa goleira titular e nossa principal atacante, sendo necessário improvisar. Mas cada uma deu o se melhor e agora vamos nos preparar para os próximos desafios”, frisou o treinador, agradecendo o suporte recebido.

“É um prazer estar realizando este trabalho num esporte que tem crescido bastante na cidade. Nossa meta agora é ter um time federado para entrar em disputas maiores. Algumas dessas meninas têm passagens por grandes times e aqui jogam com outras que são novatas. Essa mescla vai fazer o grupo evoluir”, acredita Rodrigo, que conta com o coordenador Wallace Costa na organização. “Para este torneio, foram duas semanas de treinamento onde trabalhamos com as meninas a resistência e a parte tática. Cremos que este time pode ir bem longe”, avaliou.

Criado inicialmente em 2017, o Maricá FC feminino teve uma interrupção no fim do ano seguinte e retornou em setembro passado, com um projeto que incluía mais estrutura para as jogadoras. Mesmo sem receber salário, as atletas contam com transporte, alimentação, alojamento quando necessário (para as de fora da cidade) e material esportivo.

Com uma média de idade por volta dos 20 anos, há entre elas gente como a veterana Manuela, de 37 anos e com passagens por diversos times. Casada e mãe de um menino de 13 anos, ele afirmou que faz qualquer tipo de serviço durante o dia e que treina à noite com o grupo.

“Jogo desde os 15 anos e, mesmo com a idade que tenho hoje, posso dizer que aprendo muito com todas elas. Esse time tem meninas muito habilidosas e temos toda a estrutura, o que ajuda muito, mas é preciso manter o foco, a união e principalmente a humildade”, avalia ela, que joga como zagueira. No outro extremo está a meia-atacante Brenda Silva, que tem apenas 15 anos de idade. “É bom lidar com as mais velhas porque me passam muita tranquilidade, e são todas muito determinadas”, observa a estudante, que mora em Bambuí também com passagem por outros times.

Outro destaque do time é a lateral Liliane Figueiredo, que tem 22 anos e divide os treinos com a rotina de aulas da faculdade de Nutrição. “Quero muito representar minha cidade no futebol e, com essas excelentes jogadoras que temos, creio que podemos ir bem longe”, projeta ela, que mora em Inoã e já jogou em equipes como o Fluminense de Niterói e o Geração 70, de Itaipuaçu.

Moradora do bairro Santa Izabel (em São Gonçalo), Tainara Cotrim disse que enxergou um grande potencial na equipe. “Jogar nesse time é uma grande oportunidade de mais visibilidade. Terminei o ensino médio e hoje quero ser jogadora, mas uma parte da minha família resistiu um pouco a isso. Agora já passou e tenho apoio de todos”, relatou a meia, que veio do Caramba, do bairro Vista Alegre.

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