Profissionais das secretarias de Assistência Social, Saúde e Educação participaram, entre os dias 9 e 16 de janeiro, de um calendário de treinamentos com a equipe do programa “Chegou a Sua Vez”.
O projeto é uma parceria entre a ONU e a Prefeitura de Maricá, através do Instituto Darcy Ribeiro (IDR). A capacitação envolveu mais de 200 pessoas entre diretores de escola, agentes comunitários de saúde e atendentes dos equipamentos de assistência social.
“Durante os meses de planejamento do programa, foi feita uma análise minuciosa dos protocolos de atendimento das três secretarias centrais do projeto: Educação, Saúde e Assistência Social. Agora, chegou o momento de preparar as pessoas que estão na ponta, que vão lidar com as famílias identificadas pelo programa”, explica Alan Novais, presidente do IDR.
O “Chegou a Sua Vez” tem dois objetivos principais: o primeiro é identificar as famílias mais vulneráveis em Maricá e encaminhá-las aos serviços públicos do município, ajudando a superar a extrema pobreza.
O outro ponto, também fundamental para o desenvolvimento da cidade, é a criação de um banco de dados com informações sobre diversos aspectos da população maricaense. Cerca de 60% das famílias serão entrevistadas, gerando um alcance aproximado de 90 mil pessoas durante a pesquisa.
“Essa etapa antecede a busca ativa, pesquisa que será realizada no município. Um trabalho exaustivo permitiu definir a estrutura do questionário que as famílias vão responder. Após esse levantamento, as pessoas identificadas como mais vulneráveis serão encaminhadas aos equipamentos para o devido atendimento”, ressalta Antônio Veríssimo, coordenador do programa “Chegou a Sua Vez” pela ONU.
“Era uma ansiedade das três secretarias ver essa integração dos protocolos, sobretudo aplicar um questionário amplo para que tenhamos um panorama sobre a população da cidade. A gente queria conhecer as famílias mais de perto e suas necessidades, e o projeto ‘Chegou a Sua Vez’ isso em prática”, observa Laura Costa, subsecretária de Assistência Social.
Com o objetivo de estimular os profissionais que vão levar os formulários de encaminhamento para as famílias, a equipe do projeto preparou uma dinâmica de grupo. Além de deixar as pessoas mais à vontade, foram apresentados esquetes teatrais com possíveis situações.
“Gostei muito da capacitação, esse formato traz aprendizado e quebra qualquer receio. Quando a gente chega à casa das famílias, é necessário quebrar o gelo, estabelecer uma proximidade. E a dinâmica proporcionou testar diferentes casos”, conta a ACS Edna Zebendo, que atua no bairro São José.
Para as titulares das pastas de Saúde e Educação, o trabalho coletivo é uma marca registrada do programa.
“O que a gente percebe é um envolvimento de todas as esferas das secretarias envolvidas. O programa tem sido um canalizador de sinergia entre as pastas, além de potencializar as competências de cada profissional que integra a rede de atendimento”, comenta Simone Costa e Silva, secretária de Saúde.
“Os profissionais têm respondido de forma positiva à capacitação, e isso é fundamental porque demonstra a dedicação em promover um atendimento cada vez mais humanizado, focado em resolver o problema das famílias, e que vai impactar diretamente na luta contra a extrema pobreza e a exclusão social”, afirma Adriana Costa, secretária de Educação.
