Criado como uma espécie de “filhote” do curso preparatório para o Enem – já realizado há cinco anos pela Prefeitura -, o pré-Encceja, que está em seu segundo ano de funcionamento, mostrou uma evolução substancial. Este ano, 234 alunos foram aprovados no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (veja a lista), que concede certificados equivalentes ao de conclusão do Ensino Médio. Para efeito de comparação, em 2018 foram 59 aprovações.

E os aprovados, como regra, carregam histórias de superação. É o caso de Josicleide de Almeida, que voltou a estudar aos 44 anos, após 28 longe da escola, quando parou os estudos no 1º ano do antigo segundo grau, e agora pensa em cursar Psicologia ou Nutrição. Ou o de Silvana Ida, de 47, que largou a escola aos 16 anos, após ter a primeira filha.

“Tentei voltar algumas vezes, mas sempre desistia. Este ano, resolvi voltar e tomei gosto. Já até prestei vestibular e fui aprovada para o curso de Psicologia”, conta Josicleide, que ainda incentivou o filho a levar a escola a sério: “É meu orgulho: foi aprovado na mesma faculdade, para Tecnologia da Informação”.

Criador e coordenador geral do pré-Encceja, o professor William Campos conta que o curso é, basicamente, uma aula de superação. “É gente que largou os estudos há muito tempo, que luta contra a falta de hábito, o cansaço, o desânimo. Mas é gratificante ver que tantos obtêm um resultado positivo, e acabam estimulando outros a seguir seus passos”, explica ele, orgulhoso também do prêmio Paulo Freire, concedido ao programa pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) a iniciativas inovadoras na área de educação.

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