Secretaria de Proteção e Defesa Civil promove curso “Vistoria Estrutural em Ações de Proteção e Defesa Civil”

Sessenta profissionais de diversas cidades do país que atuam na área de Defesa Civil participaram da primeira aula do curso “Vistoria Estrutural em Ações de Proteção e Defesa Civil” nesta segunda-feira 25/110, na Escola Municipal de Administração (Emar).

Com duração de 32 horas, o curso seguirá até a próxima sexta-feira (29/11) e conta com a participação de profissionais da área técnica e operacional de Defesa Civil dos municípios de Maricá, Saquarema, São Gonçalo, Tanguá, Rio das Ostras, Marataízes (ES), Porto Velho (RO), dentre outras.

Segundo o coordenador de Projetos Institucionais da pasta, Wellington Silva, o curso é fundamental para melhorar a qualidade de análise do agente de Defesa Civil ao realizar as vistorias estruturais. “Buscamos capacitar os profissionais para orientar a população sobre a importância de se respeitar os padrões construtivos locais, evitando gerar riscos futuros que comprometam a segurança de pessoas e bens”, explicou, apontando um dos principais problemas na cidade.

“Constrói-se de forma irregular sem respeitar os padrões construtivos previstos no código de obras e sem procurar especialistas como engenheiros e arquitetos para elaboração de uma planta”, destacou.

Ministrado pelo engenheiro da Defesa Civil do município do Rio, Orlando Sodré Gomes, o curso busca desenvolver conhecimentos relacionados à redução do risco de desastres tecnológicos, por meio do aumento da percepção de risco em estruturas edificadas com problemas. “É importante que nós, especialistas da área, estejamos cada vez mais preparados. A ação da Defesa Civil é global e holística que exige resposta rápida, sob forte pressão e com vidas em jogo”, declarou.

Dentre os temas abordados no curso estão a introdução aos desastres tecnológicos relacionados às obras civis, a abordagem sobre redução do risco de desastres, resiliência, marcos regulatórios internacionais, análise de segurança X risco X prejuízo, características do concreto armado, o papel do poder público nas vistorias, conceito de documentos, técnica de diagnóstico por inspeção visual, a patologia do concreto armado, mecanismos de ruptura, causas e origens dos defeitos das construções em concreto armado, trincas típicas em lajes maciças, características das fissuras no concreto armado, trincas típicas em painéis de alvenaria, recalque nas fundações e outros temas relevantes

Para o coordenador da Defesa Civil de Marataízes (ES), Wagner Paulo Correia do Amaral, é fundamental atualizar os conhecimentos e buscar conhecer a realidade de outras cidades. “Nosso maior problema é em relação às casas construídas em áreas de risco. Por isso sempre busco participar de encontros que me permitam oferecer melhores serviços para a população”, destacou o coordenador da cidade que possui 38 mil habitantes e cinco profissionais atuando na Defesa Civil.

Já Marcelo Silva Santos, de 48 anos, é coordenador da Defesa Civil de Porto Velho (RO). “Nossa maior demanda é quanto à vistoria de edificações e de empresas localizadas em áreas de risco, como às margens do Rio Madeira. Tenho grandes expectativas referente a esse curso visto que há meses participei de um outro aqui em Maricá sobre abrigos provisórios que me ajuda muito nas minhas atividades como remoção de famílias e abrigo”, declarou Marcelo, da cidade de 560 mil habitantes que conta com 32 profissionais da Defesa Civil, dentre agentes, técnicos, engenheiros e arquitetos.

O gerente do Programa de Regularização Fundiária da secretaria municipal de Habitação, Pablo Oliveira, ressaltou a importância do curso. “Atuamos em conjunto com a Defesa Civil no processo de regularização fundiária. Não podemos regularizar uma área se houver problemas estruturais. Por isso, é fundamental agregarmos conhecimentos para oferecermos os melhores serviços para a população”, concluiu.

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