A Secretaria de Assistência Social apresentou, na última quarta-feira (13/11), no Espaço Sal da Terra, no Centro, o programa Criança Feliz de Maricá. A iniciativa surge como uma importante ferramenta para que famílias com gestantes e crianças entre zero e seis anos ofereçam às suas crianças meios para promover seu desenvolvimento integral. Trata-se de uma estratégia alinhada ao Marco legal da Primeira Infância que traz as diretrizes para a formulação e a implementação de políticas públicas em atenção à especificidade e à relevância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento infantil e no desenvolvimento do ser humano.
A principal ação do Criança Feliz é a realização de visitas domiciliares às famílias participantes do Programa Bolsa Família, desenvolvidas pelos visitadores na residência da família incluída no programa. Elas representam uma estratégia de aproximação dos serviços, favorecendo um reconhecimento mais preciso das características, potencialidades e necessidades de cada contexto, resultando em propostas de intervenção singulares, pertinentes a cada realidade. As equipes do Criança Feliz fazem o acompanhamento e dão orientações importantes para fortalecer os vínculos familiares e comunitários e estimular o desenvolvimento infantil. “Acreditamos que juntos somos capazes de melhorar a qualidade de vida destas crianças de 0 a 6 anos”, afirmou, na abertura do evento, o secretário de Assistência Social, Jorge Castor, destacando o trabalho intersetorial.
A palestra magna ficou por conta da psicóloga do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Eliane Alves, que abordou sobre a Ciência Psicológica para a primeira infância. Eliane explicou que as relações de vida nessa fase independem da classe social e que o vínculo de afeto positivo até os 3 meses de vida é essencial. “Não pode deixar um bebê “existir” sozinho, o cuidador deve fazer parte de uma relação primária como no descobrimento do próprio corpo, do ambiente e do contato com o corpo adulto”, Explanou a psicóloga, dando exemplos de experiências do chamado neurônios de espelho, no qual a criança codifica os sinais do adulto e reproduz por imitação.
Além de Castor, participaram da mesa o presidente da OAB de Maricá, Eduardo Carlos de Souza, as coordenadoras do programa Criança Feliz de Maricá e do Estado do Rio de Janeiro, Camila Coutinho e Suzilane Duarte, a Conselheira Tutelar, Rosângela Nogueira e a Subsecretária da Assistência Social de Maricá, Laura Costa. Camila apresentou o programa, que já atua há 1 ano no município, as estatísticas, métodos de trabalho e depoimentos dos atendidos.
