Youtuber Juliana Baltar na Flim - Foto: Evelen Gouvêa

Depois da abertura oficial na sexta-feira (25/10), o último fim de semana foi repleto de atrações na FLIM que iam além da oferta de livros, disponíveis na grande tenda montada na Praça Orlando de Barros Pimentel.

Nos outros espaços teve de tudo: jogos on line e de tabuleiro, contação de histórias, personagens fictícios ou reais (como um vestido como o youtuber Lucas Neto), a árvore dos livros com ‘puffs’ para leitura e muitas outras atrações.

O espaço que concentrou as maiores expectativas, porém, foi a Tenda do Saber, por onde já passaram algumas estrelas da literatura física ou digital.

No sábado, o escritor Affonso Solano iniciou a série de palestras no espaço falando sobre o livro “O espadachim de Carvão” e o podcast “Matando Robôs Gigantes”, criado por ele.

“Vir aqui e conversar com o público é uma oportunidade que eu não tive quando era apenas um fã. Aqui eu tenho um ‘feedback’ direto de quem me ouve. Acho isso um privilégio”, disse o escritor.

O domingo foi um dos dias de maior procura na tenda. Eram crianças e pré-adolescentes ávidos para ver de perto a youtuber Juliana Baltar, que formaram uma longa fila na área externa onde a primeira fã chegou quase uma hora e meia antes.

“Eu gosto dos looks dela e também dos vídeos”, contou Micaely Sofia Goulart, de 7 anos. Ela, como muitas na fila, levavam um exemplar do livro “Vem Comigo”, bordão com que a estrela da internet abre seus vídeos.

Antes de receber os fãs, Juliana falou sobre seu início aos 7 anos de idade (atualmente ela tem 12) e sobre como é lidar com essa audiência.

“Vejo as filas nos eventos que faço e acho muito gratificante. Como falo a linguagem, mas que também é a minha, creio que eles se identificam bastante”, avaliou a menina, afirmando que a FLIM é uma ótima oportunidade. “É a primeira vez que venho e achei esse projeto muito bom”, elogiou.

Dentro da tenda, ela tirou fotos, autografou exemplares do livro e ganhou presentes dos fãs, além de muito carinho.

“Dei um presente para ela e estou muito feliz, muito emocionada”, dizia, em lágrimas, a fã Maria Eduarda, de 8 anos, moradora do Manu Manuela. A pequena Laura, de apenas 5 anos, foi pega no colo por Juliana enquanto ganhava um autógrafo. “Dei uma cartinha com um desenho para ela”, contou a menina.

Na segunda-feira (28) foi a vez de veterana Bia Bedran relembrar seus 45 anos de carreira para as diferentes gerações que lotaram a Tenda do Saber. Em sua segunda participação na FLIM (ela já havia estado na segunda edição, em 2014), ela afirmou que Maricá é uma das cidades onde mais gosta de estar com o público.

“Já fiz carnaval aqui também. São espaços e eventos que agregam família, professores, crianças, natureza, tudo que eu gosto”, disse ela, que falou ainda da importância de se estar ‘olho no olho’ com o público, não apenas virtualmente. “No momento do ao vivo, do encontro, tudo que é virtual desaparece, ali é a realidade e é fundamental”, avaliou.

Na hora do show, canções na ponta da língua do público há anos (como “Pedala, Pedalinho”) entremeadas por histórias contadas no palco criaram um clima de encantamento, principalmente na geração mais velha. Era fácil perceber que havia professores ainda mais ansiosos que as crianças pelo encontro com Bia.

“Eu estou mais ansiosa do que eles, e todo mundo da equipe da escola queria vir”, revelou Patrícia Ornelas, diretora do CEIM Sidinéia da Silva Costa.

Da mesma unidade, a professora Kíssela Nascimento foi mais longe e subiu ao palco para dançar com Bia Bedran, que a convidou ao ver sua animação.

“Acho que ela me chamou porque viu que eu animava as crianças, e eu acabei superando um medo que eu tinha de aparecer. Foi maravilhoso”, afirmou.

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