Torneio Intercolegial de Games em Maricá - Foto: Evelen Gouvêa

Idealizado pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) em parceria com as secretarias de Educação e Ciência, Tecnologia e Comunicações, o TI Games, 1º torneio de games do município, teve nesta sexta-feira (27/09) sua etapa classificatória. A atividade aconteceu na Escola Municipalizada, em Inoã, e contou com 50 alunos do 6° e 7° ano com idades entre 11 e 14 anos.

Durante a etapa, os estudantes puderam experimentar jogos eletrônicos de aventura e de estratégia desenvolvidos de forma independente (criados por uma pessoa ou pequenas equipes). Os cinco melhores jogadores serão os representantes da unidade no torneio que termina em dezembro.

O projeto, cujo objetivo é o de incentivar um “Cluster de Games”, ou um grupo de afinidades em torno da cadeia produtiva na área dos jogos eletrônicos, conta com a participação de 50 escolas, 150 professores e 2.500 alunos com idades entre 11 e 18 anos.

Um deles, Gabriel Mário da Cunha, de 12 anos, teve a certeza de que os games trazem benefícios para as crianças. “O que eu poderia aconselhar é que se jogue diariamente algum jogo diferente, legal e no qual seja possível aprender. O Minecraft, por exemplo, é um que eu recomendo porque nele é possível aprender planos para o futuro e realizar construções e urbanizações usando blocos”, recomendou o aluno do 6º ano.

Sua mãe, Núbia Nóbrega da Cunha, de 49 anos, considerou que os jogos eletrônicos têm ajudado no desenvolvimento intelectual.

“É uma porta que se abre dentro da perspectiva de uma futura profissão, já que ele gosta dessa área. Faz bem e é uma forma de se comunicar com o mundo”, comentou.

“Começamos a criar um mercado dentro do município voltado para a capacitação profissional desses jovens ou pelo menos um caminho da formação profissional dos que se sintam motivados a estarem dentro desse projeto”, afirmou o presidente da Codemar, José Orlando Dias.

Iniciada em junho, essa etapa classificatória é realizada por uma competição interna (com término em setembro), em que os alunos são avaliados pelos especialistas em game.

Ao todo o torneio conta com 20 rodadas de disputa entre os colégios, nas quais os “juízes” analisarão não só o desempenho dos “atletas” nos jogos eletrônicos, mas a cooperação, a torcida, o envolvimento dos pais, dos professores e da direção escolar.

“A linguagem dos jogos pode ser aplicada em sala de aula para o aluno se interessar na matéria seja ela qual for. Isso aumenta o rendimento escolar e diminui a evasão. Pode ser utilizada para o desenvolvimento de capacidades socioemocionais”, avaliou o superintendente de desenvolvimento do Parque Tecnológico de Maricá, Thiago de Paula.

Para o game designer Vitor Prado, que desde 2014 realiza eventos e projetos utilizando jogos eletrônicos como ferramenta educacional e social junto às escolas, a ideia do projeto é mostrar que é possível criar games e apresentar a indústria dos eletrônicos para os jovens.

“Não se trata só de um projeto em que atinja o aluno e o seu desejo de jogar, mas que permite ao  estudante entrar nesse universo profissional, de ser um desenvolvedor, um i atleta (jogador profissional) ou um criador de conteúdo”, relatou.

“O mais importante foi o interesse de estarem na escola. De fato, conseguimos aproximar de uma linguagem que os atenda e que se faça de verdade se comunicar. Essa é a grande questão do trabalho com essa tecnologia hoje”, pontuou a diretora geral da unidade, Renata Jardim Coube.

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