Acordo prevê a destinação correta de todos os pneus descartados de veículos na cidade - Foto: Divulgação

A Prefeitura firmou, na última sexta-feira (23/08), com a Reciclanip (entidade gestora do sistema de Logística Reversa de pneus inservíveis), um termo de cooperação mútua para a coleta e a destinação correta de todos os pneus descartados de carros de passeio, caminhões e ônibus da cidade, sejam eles nacionais ou importados.

O documento final, com os detalhes de implantação do programa, ainda será assinado, mas a Prefeitura planeja iniciar o processo no menor prazo possível.

O acordo de cooperação, fechado através da autarquia de Serviços de Obras de Maricá (Somar) não envolve custos para a cidade. O município se responsabiliza por promover campanhas de conscientização para que o descarte deixe de ser feito em local impróprio e se compromete a armazenar os pneus que já não servem mais até que sejam recolhidos pela Reciclamp.

“Vamos ter um ponto de entrega voluntária, a princípio em Itaipuaçu, onde faremos a separação e armazenamento dos pneus adequadamente até que eles venham buscá-los, o que é feito à cada dois mil pneus de passeio ou 300 pneus de caminhões e/ou ônibus”, explicou o diretor operacional de Coleta, Resíduos e Varrição de Maricá, Bruno Rodrigues.

Após recolhidos pela Reciclanip, os pneus voltam para a fábrica, onde são triturados e usados para base de asfalto ou para operações de limpeza de altos-fornos de indústrias de fabricação de cimento.

De acordo com a legislação, a responsabilidade dessa logística reversa seria do fabricante. Mas, os próprios fabricantes indicam a Reciclanip para o serviço. Apenas nos casos de descarte de pneus de fora de estrada, como os encontrados em carrinhos de mão, por exemplo, os fabricantes tem que ser consultados.

É importante destacar também que a disposição inadequada desses resíduos resulta em riscos ao meio ambiente e à saúde pública, sendo o principal deles a proliferação da dengue. Além disso, o pneu é um dos produtos que leva mais tempo para se decompor e sua queima é muito tóxica.

“A grande quantidade de pneus que identificamos jogados pelos cantos, em vias públicas e acostamentos, durante o trabalho de roçada, é muito grande. Normalmente achamos em trechos pequeno cerca de 20 pneus. Em operações em extensões mais longas, já foram encontrados de 150 a 180 pneus. Sabemos que Maricá tem uma grande extensão de vias com asfalto, mas também sabemos que existem casos de pessoas que acabam abandonando os pneus furados nas pistas ao trocá-los se estes se encontram irrecuperáveis. Por isso, foi necessário selarmos esse termo”, concluiu Bruno Rodrigues.

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