Panmella Tófolli festejou a nova lei que garante R$ 520 por mês, já que mora com os três filhos - Foto: Evelen Gouvêa

Os beneficiários do Programa Renda Básica de Cidadania (RBC), cujos depósitos foram feitos nesta quarta-feira (07/08), quinto dia útil do mês, já receberam o crédito com a modificação anunciada pela Prefeitura.

A partir de agora, cada integrante da família passa a receber 130 Mumbucas (antes eram em média 100 Mumbucas para toda a família). Com essa mudança, feita com a unificação dos programas contemplados pelo projeto, os benefícios que alcançavam 14 mil famílias, atenderão agora a quase 30 mil pessoas, de acordo com dados da Secretaria de Economia Solidária. O objetivo é chegar às 50 mil pessoas inscritas no CadÚnico do governo federal.

“Quem já recebia o benefício, a partir de hoje, começou a receber na modalidade RBC. No caso de os cartões nos quais o valor do crédito somado em Mumbucas não coincidir com a quantidade de membros da família, pedimos que a pessoa venha até a secretaria para atualizar e garantir o pagamento no próximo mês”, disse Diego Zeidan, secretário da pasta. Os beneficiários dos programas Renda Mínima Mumbuca, Renda Mínima Jovem Solidário e Renda Mínima Gestante foram absorvidos na RBC.

Quem ficou feliz com essa novidade foi a diarista Panmella Tófolli, de 36 anos, de Cordeirinho. Panmella mora com mais 3 filhos (Lorenzo, de 11 anos Sophia, de nove e Laura Elis, de três anos) e com a soma de todos eles vai conseguir encher mais o carrinho do supermercado. “Isso é uma maravilha. Antes, eu fazia compras em sacolão, utilizava na farmácia e fazia pequenas compras no mercado e, agora, até mais iogurte vou conseguir comprar para os meus filhos. Estou indo agora ao mercado garantir minha compra do mês”, disse Panmella.

Impacto na economia local

Além do impacto social, o benefício também reforça o impacto positivo do programa de transferência de renda na cidade. Segundo dados da própria secretaria, antes da ampliação a injeção de dinheiro na economia local – o sistema utiliza um cartão de débito que só vale na cidade – estava na ordem de R$ 2 milhões por mês, mas o impacto é ainda maior. Com a nova estrutura, a entrada de recursos deverá chegar a R$ 6 milhões por mês quando o RBC alcançar os 50 mil cadastrados.

Um estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) revelou que para cada R$1 que entram na economia das cidades em ações desse tipo, o programa gera mais R$3. “Considerando esse cálculo, seria R$ 18 milhões por mês circulando no município com a Mumbuca”, acrescenta o secretário Diego Zeidan. Isso explicaria porque, apesar da crise em outros municípios, Maricá vem registrando sucessivos saldos positivos na geração de empregos formais, segundo dados do Ministério do Trabalho.

Novos cadastros

Ainda de acordo com o secretário, os interessados em ter o benefício devem aguardar a abertura de novos cadastros, cuja data ainda não está definida. Vale lembrar que para ter direito aos benefícios do Cartão Mumbuca é necessário comprovar renda familiar de até três salários mínimos e ser morador da cidade por mais de três anos, não sendo necessário possuir título de eleitor do município.

Para inclusão de CPF de moradores da residência e atualização de dados cadastrais, garantindo que todos da família recebam no próximo mês, o beneficiário – que precisa estar inscrito no CadÚnico – deve se dirigir à sede da Secretaria de Economia Solidária, na Rua Abreu Rangel, 138 – Eldorado, das 8h às 17h, e o saldo pode ser visualizado através do aplicativo E-dinheiro, disponível na plataforma do Google Play.

A RBC é considerada um direito básico do ser humano, como consta na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Pelo termo, toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços indispensáveis.

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