Curso Vigilância em Saúde na Emar - Foto: Katito Carvalho

A Escola Municipal de Administração (Emar), em parceria com a Secretaria de Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), está realizando o Curso de Desenvolvimento Profissional em Vigilância em Saúde para o Enfrentamento das Arboviroses. A iniciativa faz parte do projeto de pesquisa ‘Inovação em Educação e Comunicação para a Prevenção da Zika e Doenças Correlatas nos Territórios’, existente há três anos.

O projeto é coordenado pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, e pela pesquisadora Luciana Sepúlveda e tem várias fases. “Na primeira fizemos entrevistas com autoridades que participaram da emergência sanitária da Zika em 2016; na segunda realizamos um fórum de Ciência e Sociedade com alunos da educação básica de Maricá, Paraty, Manguinhos e Ceilândia; e agora estamos no terceiro momento, com o curso voltado para servidores dos governos destes locais”, explicou o professor e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Maurício Monken.

De acordo com Monken, que integra os quadros da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, do Laboratório de Vigilância em Saúde da Fiocruz, a ideia é reunir trabalhadores de várias áreas para poder pensar formas de agir e de mobilizar a população para enfrentar não só a Zika, mas as arboviroses como um todo. “No ano que vem vamos propor ainda um modelo de educação em Saúde com foco no enfrentamento das arboviroses”, antecipou.

Colaborando com a apresentação de um módulo sobre a comunicação nos territórios, o secretário de Ciência, Tecnologia e Comunicações, Sérgio Mesquita, falou sobre a contribuição dada pela pasta aos alunos. “Discutimos alguns textos e vídeos que mostram como podemos fazer uma abordagem correta nos locais de pesquisa, é preciso saber como chegar, entender e fazer um trabalho de escuta, para depois levar a mensagem necessária, sem que aconteça alguma imposição ou choque”, ressaltou Sérgio.

Fisioterapeuta do Núcleo de Apoio à Estratégia da Saúde de Maricá e membro do grupo de trabalho que desenvolveu a  técnica de aplicação da terapia neural em pacientes com chikungunya (pioneira no Brasil pelo Sistema Único de Saúde, SUS), Clailson Farias também transmitiu seu conhecimento no curso. “A ideia é passar para eles um pouco sobre o que é este tratamento. No mês de julho, Maricá foi premiada com o trabalho que escrevemos sobre o tratamento das sequelas da doença usando a terapia neural. É uma técnica que usa um anestésico em baixíssima concentração para provocar uma autorregularão do organismo”, disse Clailson.

O curso, que teve início no dia 11 de junho e vai até o dia 05 de setembro, conta com uma turma formada por 25 pessoas de diferentes pastas do governo municipal. Ao todo, serão 184 horas/aula sobre territórios; Determinações Sociais da Saúde; Vigilância em Saúde; Educação; Comunicação; Mobilização Social; Saneamento e vários aspectos que mostram como as arboviroses se manifestam na sociedade.

“As aulas acontecem às terças e quintas na EMAR, e a cada encontro os alunos também realizam uma atividade de campo, que acontece nos territórios em Barra de Maricá, Recanto de Itaipuaçu e Inoã”, finalizou a integrante do Laboratório de Vigilância em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Edilene Menezes Pereira.

 

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