Novas instalações e equipamentos do Hospital Conde Modesto Leal entregues a população - Foto: Clarildo Menezes

A maior quantidade de acidentes de trânsito no município neste período de férias, nas vias urbanas e nas rodovias estaduais que cortam a cidade, gerou um desafio para o atendimento de emergência nos plantões do Hospital Municipal Conde Modesto Leal (HMCML). Na unidade, única com equipe completa e totalmente abastecida com insumos em toda a região, os times de plantão no fim de semana vêm se superando para fazer todos os atendimentos que chegam em um cenário de maior afluxo de turistas e moradores, além de pacientes de municípios vizinhos. “Cerca de 40% do nosso atendimento nessa área é de pacientes provenientes de outras localidades”, confirma o diretor técnico do HMCML, Salvador Silveira.

De acordo com o diretor, no domingo (21) e segunda (22), o HMCML registrou nada menos que 1.200 atendimentos de emergência. Só durante a segunda-feira, foram 389 atendimentos durante o dia, contra 290 no domingo. Em dias normais de semana, são 800 atendimentos de todas as especialidades por dia, 14 mil por mês. Ou seja, em 48 horas o número de entradas para atendimento emergencial superou a média diária do geral.

“Nosso pessoal trabalha em times completos em todos os plantões nessas duas unidades. E  inclusive com especialidades atuando em outras unidades de maior porte que não possuem”, explica a secretária de Saúde, Simone Costa e Silva. “Temos no Conde Modesto Leal cirurgia bucomaxilofacial, um tipo de atendimento que, por exemplo, o Hospital Azevedo Lima, não dispõe”, acrescenta ela, em alusão à unidade estadual de emergência para onde muitos casos de trauma na região são encaminhados. “Temos na equipe cinco clínicos, um intensivista, três pediatras, dois cirurgiões, dois obstetras, o bucomaxilo, anestesista, além de enfermeiros, técnicos, psicólogos, serviço social, nutrição e farmacêuticos”, acrescenta Salvador Silveira.

Os fins de semana, segundo a secretária, têm representado um constante desafio ao pessoal escalado para o atendimento. “O volume é muito grande em qualquer unidade de emergência, não só no Conde. O importante é ressaltar que ninguém fica sem o atendimento adequado ao ser levado para lá. O que ocorre são situações momentâneas por conta de múltiplos casos entrando ao mesmo tempo e a unidade tem uma capacidade de absorção dessas demandas”, acrescenta a secretária, citando como exemplo o último domingo (21/07). “Além de outros casos, aconteceu um acidente na rodovia com quatro vítimas. Todas deram entrada ao mesmo tempo no hospital e foram atendidas dentro do que a gravidade dos casos exigia”, acrescenta.

O trabalho vem sendo realizado paralelamente a um programa contínuo de melhoria das condições técnicas da unidade, que tem mais de 80 anos de funcionamento. Além de equipamentos – o que inclui camas e aparelhos para diagnóstico – uma das mais recentes e significativas foi a instalação na área de Clínica Médica, onde estão as enfermarias masculinas e femininas, de 12 aparelhos de ar condicionado de 12 mil btus cada um. No centro cirúrgico, no berçário, na maternidade e a sala de trauma os aparelhos antigos também foram todos substituídos por equipamentos modernos. O Conde possui ainda geradores de grande porte que atendem a unidade enquanto a concessionária de energia não atualiza a subestação do hospital para a demanda de energia atual.

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