Tema foi o combate a intolerância religiosa - Foto: Clarildo Menezes

Na manhã do último sábado (29/06), o Cinema Henfil recebeu um café da manhã com lideranças de matrizes africanas, promovido pela Coordenadoria de Assuntos Religiosos. O encontro teve como tema a intolerância religiosa e como combatê-la.

A mesa de abertura foi composta por Oliver Costa Goiano, coordenador da pasta e pelos convidados Iya Marcia de Oxaguian; Márcia Passos, militante de Axé; Sandra Gurgel, professora cientista religiosa; Pai Liminha de Ogum e Mãe Simone de Iemanjá.

“Nós pudemos debater como o governo, com suas políticas públicas, pode tornar Maricá uma cidade que possibilita respeito e tolerância com todas as religiões. Temos que manter Maricá uma cidade que é marcada pelo respeito”, disse o coordenador de Assuntos Religiosos, Oliver Goiano.

“Nós não podemos permitir que os que praticam a religião africana sofram duramente com o preconceito e discriminação, tendo seus templos quebrados, sua religião desrespeitada e acredito que o governo tem grande potencial para que a sociedade passe a entender que o respeito é primordial e como esse respeito deve ser praticado, não só com a nossa religião de matriz africana, como com todas as outras”, falou Sandra Gurgel.

Cláudia Martins, de 43 anos, do grupo Candomblé de Portas Abertas, compareceu com a filha Maria Eduarda Martins, de 7 anos, e falou sobre o que o grupo que participa vem fazendo no município de Maricá.

“Somos uma religião de resistência e ter esse tipo de debate é muito importante, pois precisamos do apoio do governo para que possamos mostrar, também, o trabalho social que a gente desenvolve na cidade. Fazemos trabalhos de conscientização com o meio ambiente, com limpeza das cachoeiras, praias, encruzilhadas e de todos os outros que, para a nossa religião, são lugares sagrados, reforçando a opinião de que precisamos ter o nosso espaço e o nosso reconhecimento dentro da cidade, por isso é um trabalho incansável de todos do grupo”, explicou Cláudia.

Paulo César de Oliveira, de 31 anos, é professor de história, católico e fez questão de participar do encontro com intenção de obter mais conhecimento e poder usá-los no seu dia a dia.

“Esse encontro se torna um marco em Maricá pois devemos realmente fazer essa integração com religiões de matrizes africanas, pois são os que mais sofrem preconceitos e encontros assim deveriam se tornar ainda mais frequentes, pois só com debates conseguimos, talvez, mudar a cabeça das pessoas para além do que elas conseguem julgar”, finalizou.

Deixe uma resposta

Please enter your comment!
Please enter your name here