O Cineteatro Henfil, no Centro, recebeu no último domingo (19/05) o espetáculo “O Beija-flor Suspenso”, do Grupo Teatral Filhos do Henfil. Com direção de Renato Neves e autoria de Ribamar Ribeiro, a obra, sucesso de público e crítica, leva o espectador a uma reflexão acerca dos transtornos mentais e dos estereótipos da loucura.
“Essa obra na verdade é um trabalho de conclusão de curso das oficinas que a Cultura desenvolve aqui no Henfil aos sábados e que em breve serão retomadas”, explicou o diretor Renato Neves. “E, a concepção deste espetáculo surge juntamente com um papo que começou na mídia a respeito de velhas técnicas de trabalhos com doentes psiquiátricos com o retorno dos manicômios, eletrochoques e isso me deixou um pouco assustado e me fez querer provocar o público com a pergunta, o que é ser louco?”, lembrou o diretor.
Renato explicou ainda a origem do nome do espetáculo. “Na pesquisa da dramaturgia desse texto o nome do espetáculo fui eu que dei. Assistindo alguns vídeos vi um manicômio, onde um interno escreveu na parede que o louco é como um beija-flor suspenso, pois ele está sempre a dois metros do chão, que faz justamente uma analogia a pessoa que está sempre deslocada um pouco fora da realidade e da sociedade”, comparou Renato.
No Henfil pela primeira vez, Lucimar Santos, de 50 anos, moradora de Itaipuaçu, elogiou as iniciativas culturais da Prefeitura no município. “Soube do espetáculo pelas redes sociais. Já fui em alguns eventos da Prefeitura, mas aqui no teatro é a primeira vez e estou muito feliz, pois acho excelente o trabalho que está sendo feito no cenário cultural de Maricá. Precisamos cada vez mais de cultura”, pediu Lucimar.
Já na avaliação do amigo, Marcos Meirelles, também de Itaipuaçu, teatro é fundamental. “Sou apaixonado por teatro, música, dança e acho que toda ação voltada para a cultura e o entretenimento é fundamental. O fato de ser gratuito é mais um atrativo e espero que essas iniciativas continuem acontecendo em Maricá”, desejou Marcos.
