"O Beija-Flor Suspenso" apresentado no Henfil - Foto: Katito Carvalho

Com um texto voltado para a reflexão acerca dos transtornos mentais e dos estereótipos da loucura, o espetáculo “O Beija-flor Suspenso”, do Grupo Teatral Filhos do Henfil, voltou a emocionar o público do Cinema Henfil (Centro) neste final de semana (27 e 28/04). 

Assistindo à peça pela quarta vez, Ian Gomes, de 19 anos, sempre acha as apresentações muito especiais. “Eles mostram um lado muito diferente da loucura, mostram que os loucos são pessoas como nós, que eles apenas pensam diferente e merecem o nosso respeito. Sempre que eu venho me emociono muito”, contou Ian. 

Para Owen Kane, de 20 anos, a montagem com direção de Renato Neves e autoria de Ribamar Ribeiro é uma oportunidade de aprendizado e transformação. “Sou assistente de dança e acredito, de verdade, que a arte transforma. O que se faz aqui é uma educação através da arte, e como artista, sei que isto é muito importante e enriquecedor para todos”, afirmou Owen.  “Tenho uma relação muito pessoal com o Henfil, é muito gostoso saber que existe um lugar como este aqui. Já me mudei bastante, morei em cidades como Macaé, Niterói, São Gonçalo e Cabo Frio, vir para Maricá e encontrar um lugar como este, que oferece tanta coisa para aprender e apreciar, é incrível”, destacou a moradora de Maricá há quatro anos, Letícia Veiga, de 19 anos. 

A atriz Fernanda Nobre, que na peça interpreta uma narradora, falou sobre a trama e a importância do assunto. “Em cena, somos um grupo de narradores e um casal com três filhos ‘malucos’ e uma filha ‘sadia’. Esta é a nossa quarta apresentação, e a primeira por conta própria, já que nosso diretor está em cartaz com um outro espetáculo e não pode estar aqui. Nossa expectativa é de conscientização das pessoas, queremos chamar atenção para notícias recentes como a volta dos manicômios e dos aparelhos de eletrochoque, que eram usados no passado como tratamento antes da implementação da psicologia. Desta forma, queremos mostrar que a loucura pode ser somente um ponto de vista diferente”, finalizou. 

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