A apresentação dos novos concursados de DOC II para educação infantil e fundamental I, orientadores educacionais e pedagógicos e inspetores escolares aconteceu na manhã desta quinta-feira (28/02), no Cineteatro Henfil (Centro). Alunos do grupo de coral da E M Antônio Rufino que fica na Gamboa deram as boas vindas aos 200 profissionais que vão reforçar o quadro de profissionais da rede.
Subsecretário de ensino, Rodrigo Moura deu as boas vindas em nome da Secretaria de Educação. “Cuidem dessas crianças como se fossem filhos de vocês porque não é só na sala de aula que se constrói a educação. Pensamos uma cidade que interage com as escolas visando a formação integral dos nossos alunos porque eles são o futuro da nossa cidade e estão no mesmo patamar que os alunos da rede particular”, declarou, pedindo para que ajudem os alunos a fazerem a diferença. Entre os assuntos abordados também estavam o cronograma, reprovação, inclusão, projetos para a Educação de Jovens Adultos (EJA), diferentes públicos atendidos, drogas, divisão de escolas por distrito e parcerias com demais secretarias.
Moradora da Mumbuca, Michele Antunes, 30 anos, foi aprovada para sua segunda matrícula em Doc II educação infantil, tendo experiência também de 1º ao 5º ano. “Eu amo meu município, fui aluna do ensino público municipal e estadual, então eu sonhava em ter duas matrículas na cidade. A expectativa que tenho para este ano é de crescer no trabalho junto à educação que vem se formando. Escolhi a educação infantil porque para mim é uma experiência desafiadora e eu acho que o professor tem que buscar desafios pra crescer como profissional”, avaliou.
De Saquarema, Eliane Alves, 56 anos, vai reforçar o quadro da E M Reginaldo Domingues dos Santos (Ponta Negra) para educação fundamental I. “Eu acredito que esse trabalho novo em uma rede diferente vai possibilitar que eu aprenda mais e troque experiência com as crianças. Minha expectativa é de que dê tudo certo. Vamos conhecer a escola hoje”, declarou entusiasmada a professora, que atua há cerca de 25 anos.
“A maioria de nós trabalha o tempo inteiro e não tem como ficar com os filhos, então não só a aprendizagem mas a criação dos nossos filhos também é delegada a terceiros, no caso a escola, nós. Nossas escolas são recheadas de crianças cuidadas por vizinhas e que muitas vezes tem que cuidar dos irmãos mais novos. Vamos olhar essas crianças com um olhar mais humano, porque muitas sequer tem um quarto, que dirá uma mesa para fazer o dever de casa”, afirma a secretária Adriana Luiza da Costa. “É preciso conhecer o que acontece também fora da escola porque a maioria dos nossos alunos é de classe popular. Reflitam, pois nós temos o poder de reverter o que não está legal, fazendo uma verdadeira transformação social. A escola pública de educação básica tem que ser cada vez melhor para que as pessoas tenham orgulho de dizer que estudaram nela, assim como todos que estudam em universidades públicas”, suplicou.
