Foi iniciado nesta terça-feira (12/02), o curso de vistoria estrutural em ações de Proteção e Defesa Civil – estruturas edificadas, na Escola de Administração de Maricá (EMAR).
O curso, que vai até sexta-feira (15/02), recebe profissionais das áreas técnica e operacional da Defesa Civil dos estados da Bahia, Mato Grosso, Pará, São Paulo, Tocantins, e das cidades do Rio de Janeiro, como as vizinhas Niterói, Itaboraí e Saquarema; e Aperibé, Belford Roxo, Bom Jesus do Itabapoana, Cachoeiras de Macacu, Itaocara, Queimados, São Pedro da Aldeia, Tanguá e Volta Redonda.
Jamile Carneiro, engenheira civil da Bahia, está há cinco meses na Defesa Civil e veio até Maricá com o objetivo de se capacitar e levar o que aprendeu para seu local de trabalho. “Fiquei muito empolgada em participar deste curso para estreitar relações com outras defesas civis e entender como colocam em prática todas essas questões abordadas aqui no curso. Temos um corpo técnico de agentes ainda pequeno, em relação ao nosso Estado, mas o nosso foco é sempre estar atualizados na questão de prevenções a desastres inerentes ao nosso clima como erosões marinhas, locais de secas e chuvas fortes”, explicou.
“O objetivo do curso é oferecer aos agentes e técnicos de outros municípios e Estados uma capacitação de vistoria estrutural em ações de Proteção e Defesa Civil, pois percebemos a deficiência que existe em patologias construtivas. Os agentes precisam estar atentos ao realizar vistorias estruturais, pois assim podem evitar os riscos que comprometam a segurança de pessoas e bens”, disse o major Wellington Silva do órgão de Maricá.
Dentre os temas abordados no curso estão a introdução aos desastres tecnológicos relacionados às obras civis, a abordagem sobre redução do risco de desastres, resiliência, marcos regulatórios internacionais, análise de segurança x risco x prejuízo, características do concreto armado, o papel do poder público nas vistorias, conceito de documentos, técnica de diagnóstico por inspeção visual, a patologia do concreto armado, mecanismos de ruptura, causas e origens dos defeitos das construções em concreto armado, trincas típicas em lajes maciças, características das fissuras no concreto armado, trincas típicas em painéis de alvenaria e recalque nas fundações.
“A importância desse curso é realmente trabalhar a capacitação desses agentes e técnicos, pois temos no Brasil poucos institutos que fazem esse trabalho e a Defesa Civil ainda não é enxergada como órgão que corresponda ao tamanho e importância que tem. A Defesa Civil trabalha com prevenção, não com socorro, por isso integra um sistema que conta com o Corpo de Bombeiros para, em caso de desastre, minimizar o máximo possível os danos, voltando rapidamente a normalidade”, concluiu o secretário de Proteção e Defesa Civil, Luiz Carlos dos Santos.
