A grande conquista da Secretaria de Políticas Inclusivas de Maricá no ano de 2018 foi o simples fato de ela existir no organograma do governo. Quem afirma é a própria secretária da pasta, Sheila Pinto. Durante a confraternização de fim de ano do órgão nesta quinta-feira (27/12), ela fez uma rápida avaliação do primeiro ano de atuação do setor e também falou de projetos para 2019, como a implementação do Centro Pernoite, para a população de rua, e operacionalizar ações de ressocialização de ex-detentos, com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP). A festa foi animada pelo músico Ronaldo Valentim e contou com a participação de pessoas atendidas pela secretaria.
Um desses é um morador de rua que, depois de começar a receber ajuda, está viabilizando o seu próprio negócio com venda de doces e salgados. Paulo Roberto Batista, de 30 anos, veio de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, e foi parar nas ruas de Maricá há quase um ano, após sair da casa onde morava com a esposa e o filho, em Cordeirinho. “Passei a ter acompanhamento psicológico e tive minha autoestima e bem estar renovados”, garantiu ele, que sonha ter uma loja para suas guloseimas no ano novo. Recém-chegada à cidade, Beatriz Braulino, de 47 anos, sofre de uma doença degenerativa que a impediu de trabalhar em São Gonçalo, onde morava. “A assistência aqui é bem melhor do que a que tem lá”, atestou.
Sheila Pinto acredita que os casos são exemplos do material humano com que a pasta lida, e cujo trabalho está se tornando modelo para outros municípios do estado. “Já nos procuraram para conhecer nosso método. Nós abraçamos gente que ninguém quer abraçar, gente excluída em seu último estágio. Então só a existência do nosso setor já é um diferencial que sinaliza o avanço de mentalidade deste governo”, ressaltou ela, citando parcerias com as secretarias de Saúde, Habitação e Assistência Social, entre outras.
