Equipe de Cultura conhece projeto na Bahia - Foto: Divulgação

Uma equipe da Secretaria de Cultura de Maricá esteve em Salvador, Bahia, nos dias 24/11 e 25/11 para conhecer o trabalho sociocultural do Ilê Aiyê, agremiação fundada em 1974 como bloco carnavalesco mas que além da atividade do carnaval é uma associação cultural com 3 mil participantes. Patrimônio da cultura baiana, o Ilê é também uma referência em ações de valorização da cultura e de combate ao racismo. Liderado pela secretária de Cultura, Andréa Cunha, o grupo pôde se inteirar de perto das atividades desenvolvidas pela tradição que visa a preservação, a valorização e a expansão do legado afro-brasileiro.

A secretária se encontrou com o presidente e fundador do Ilê, Antônio Carlos dos Santos, o Vovô do Ilê. “A ideia é fazermos uma parceria, no intuito de trazer para o nosso município toda essa erudição rítmica, que vai além da música. Através dela, incentiva o pensamento crítico, abre portas, empodera socialmente a comunidade negra, onde quer que ela esteja”, diz Andréa. “Além disso pode proporcionar formações no âmbito da percussão, da dança, do canto, do teatro, das artes plásticas, enfim, da estética própria do Ilê Ayê, esse patrimônio da cultura baiana”, completa.

Reconhecido internacionalmente, o bloco que propiciou esse movimento surgiu em Salvador com o apoio de Mãe Hilda Jitolu (1923-2009), mãe de Vovô e líder espiritual do terreiro Ilê Axé Jitolu. Por cerca de 20 anos, cedeu o espaço para funcionar também como secretaria, diretoria, salão de costura e acolhida de associados. Ou seja, além da prática religiosa, ajudou a fortalecer, através do bloco, atividades culturais e socioeducativas para crianças do bairro Curuzu, enfatizando a negritude, o autoconhecimento e a resistência ao racismo.

Vovô do Ilê, por exemplo, é uma lenda do Carnaval baiano e uma personalidade de extrema importância no movimento negro do país. Junto com toda a família, está à frente dos tambores do bloco Ilê Aiyê, que se inspira na sonoridade do Candomblé para firmar sua identidade, e à frente de todo o trabalho para edificar e se fazer respeitar a cultura afrodescendente. “Sei que podemos levar adiante uma parceria e enriquecermos ainda mais a cultura do nosso município de mãos dadas com a Bahia”, finalizou a secretária.

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