Doação de sangue será realizada no CEM Joana Benedicta Rangel - Foto: Elsson Campos

O Centro Educacional Municipal Joana Benedicta Rangel, no Centro, recebeu nesta terça-feira (30/10) a campanha “Doe Sangue, Salve Vidas”, promovida pela Secretaria de Saúde, através da Coordenadoria de Humanização. A ação teve apoio de cerca de 15 profissionais do Hemorio, entre médicos, enfermeiros e técnicos, que fizeram a coleta do sangue. A expectativa era atender aproximadamente 120 pessoas no período entre 10h e 15h.

A responsável pelos projetos de Humanização da Secretaria de Saúde, Gildeni Alves da Silva explicou que a procura por bolsas de sangue tem aumentado em Maricá em virtude tanto do crescimento populacional na cidade, quanto de demandas que vêm de fora do município. Apesar disso, segundo Gildeni, o esforço da Secretaria de Saúde tem suprido a necessidade. “Nós que estamos acompanhando a rotina do hospital, e que vemos o sofrimento da pessoa e do paciente que está internado, a doação de sangue é muito importante. Essa campanha é vital para avançarmos na questão de saúde”, afirmou.

Diretora da escola que recebeu o Hemorio, Maria Vanda Timóteo, alertou sobre a relevância em doar sangue, principalmente na data em que fecha o projeto elaborado pelos professores da escola com o tema solidariedade. “Falamos muito de sensibilizar com a dor do outro. Este projeto de a escola receber a Hemorio e a Secretaria de Saúde abrir as portas do Joana para isso, é de um valor grandioso demais. Ficamos muito felizes em poder atender o público e ver melhor uma ação de humanidade com o próximo, porque precisamos plantar mais amor. É uma ação tão simples e muito significativa na vida de muitos”, finalizou a diretora.

Médica hemoterapeuta do Hemorio, Maria Laura esclareceu que a necessidade de se criar atendimentos fora do Hemocentro partiu em função de o estoque de bolsas de sangue no Brasil, e especificamente no Rio de Janeiro, estar sempre abaixo do recomendado, principalmente em épocas festivas como final de ano, Carnaval e feriados prolongados. Segundo a médica, para se ter uma quantidade de sangue suficiente no estoque, seria necessária que 1% a 2% da população de uma localidade fosse doadora de sangue, o que geralmente fica muito aquém do ideal. “Nós precisamos criar uma cultura de doação de sangue, de doação de repetição, porque o doador de repetição é o ideal para nós que somos médicos. Ele é uma pessoa que já conhecemos e podemos fazer um estudo melhor para atender a pacientes específicos”, explicou.

Para a assistente social Jane Lemos, de 44 anos, doar sangue representa salvar vidas, principalmente num momento difícil da sua vida, com um parente internado em estado grave, lutando para sobreviver. “Hoje estou doando em especial ao meu primo, que sofreu um acidente gravíssimo no domingo, e estou aqui para fazer esse ato de amor. Sangue é vida e estou me sentindo muito bem sendo útil de alguma forma”, relatou Jane Lemos, que foi a primeira a entrar na sala de coleta.

Na opinião da guarda municipal Gisele Marins, de 38 anos, o fato de a equipe do Hemorio estar na sua cidade é um estímulo para doar sangue. “Acho que todos poderiam vir. Isso é uma coisa que tem que ser feito, e tendo aqui em Maricá é melhor ainda. Pode vir porque vale a pena e não dói nada”, sinalizou.

Para doar sangue é necessário ter idade mínima de 16 anos, estar bem alimentado, não estar resfriado, não ter ingerido gordura e fritura, ter mais de 50 kg e ter tatuagem e piercing com mais de um ano no corpo. No caso de menores de idade, é necessário levar as identidades originais do responsável e a do doador, além de preencher um documento que pode ser retirado no site do Hemorio autorizando a doação.

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