Oficina Horta no Coco na Flim - Foto: Elsson Campos

A Oficina Horta no Coco foi uma das atrações do terceiro dia da Festa Literária de Maricá (FLIM) nesta sexta-feira (26/10). Organizado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca, o projeto ensina como cultivar mudas dentro dos cocos. Ao todo foram doadas 250 mudas de árvores frutíferas como ameixa, romã, araçá, palmeira palmito, jambo e graviola, além de 600 mudas de hortaliças como alface roxa, couve e rabanete.

A oficina nasceu em maio do ano passado com a finalidade de reaproveitar o coco recolhido nas praias, uma vez que existe uma lei estadual que proíbe o descarte da fruta em lixo comum. A ideia ganhou força e chegou às escolas municipais a fim de mostrar às crianças a importância do cultivo dentro de um material orgânico, como é o coco. “Explicamos como é feita a horta no coco e que pode ser plantada uma muda sem problema algum. Fazemos a plantação de hortaliças como couve, alface, salsa, cebolinha, tudo isso nas escolas”, afirmou a subsecretária da pasta, Juliana Von Matter. “Há um grande interesse das crianças em estarem cultivando, plantando e colhendo produtos todos orgânicos. Essa é a ideia”, finalizou.

A coordenadora do projeto, Dayane Paladino, explicou os detalhes de como cultivar a planta dentro do material orgânico. De acordo com ela, basta fazer a limpeza da fruta, tirar o tampão, a carne branca, deixá-la secando aproximadamente dois dias no Sol e já está pronta para o plantio. Após esta etapa, é necessário colocar terra adubada e plantar uma semente ou uma muda. “É uma horta ecologicamente correta porque utiliza 25 ml de água pela manhã e 25 ml no período da tarde. Além disso, pode utilizá-lo em cima de uma mesa, em um jardim, ou então, depois de 30 a 40 dias que ele fica com um aspecto de xaxim, pode ser colocado no solo também”, relatou.

Passeando com seus filhos pela festa literária, Carolina da Costa Simões, de 28 anos, aprovou a iniciativa da oficina. “Não conhecia a horta no coco e achei muito interessante porque está usando materiais que encontramos no dia a dia. É uma coisa legal para eles [os filhos] e interessante ao meio ambiente. Gostei!”, disse.

Professora da Escola Municipal do Retiro, Norimar Noia, de 50 anos, levou para a FLIM seus alunos de 8 a 11 anos e passou no estande com o intuito de mostrar a oficina. “Viemos de uma escola lá do bairro Retiro que é cheia de flores, árvores frutíferas e vegetação. Acho que por isso eles se sentem muito atraídos. Eles sabem mexer na terra, pois já é um hábito que têm de plantar”, contou a professora entusiasmada.

Para a dona de casa Regina Narciso Legentil, de 59 anos, a iniciativa da horta no coco é um incentivo à pratica do plantio para as crianças. “Acho um bom incentivo plantar e cultivar. Esse coco não vai mais para o lixo e já tem uma utilidade”, afirmou a dona de casa, que não conhecia a arte e aproveitou para levar uma muda de manjericão. “Usava a casca seca dele [do coco] para colocar na orquídea. Agora, para plantar assim, eu nunca tinha visto”, revelou.

Desde o início do projeto, a Secretaria de Agricultura Pecuária e Pesca já distribuiu 4.000 mudas no município. A oficina já visitou as escolas municipais, casas que abrigam pessoas da 3ª idade e eventos em igrejas.

Deixe uma resposta

Please enter your comment!
Please enter your name here